O artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no jornal “O Globo” deste domingo (5), em que ele defende o desembarque do PSDB do governo Temer em dezembro, surpreendeu o núcleo do Palácio do Planalto.
O texto foi visto como uma espécie de ultimato aos tucanos, num momento em que o presidente Michel Temer faz um esforço para manter os ministérios da chamada “ala Jaburu” do PSDB, numa referência ao grupo que frequenta a residência ofical.
No ninho tucano, a percepção é de que Fernando Henrique decidiu sair do muro e apoiar explicitamente as teses defendidas pelo senador Tasso Jereissati. Com isso, o grupo do PSDB que deseja o desembarque do governo Temer ganhou força.
A percepção até mesmo de integrantes da “ala Jaburu” é que a argumentação de Fernando Henrique causou uma saia justa nos integrantes do partido que defendem a permanência no governo Temer. Essa é a tese do senador Aécio Neves, que tem pressionado o partido a manter a aliança com o governo.
A argumentação de Fernando Henrique é pragmática: caso não deixe o governo Temer ainda em 2017, os tucanos serão coadjuvantes no processo sucessório de 2018. E ele ainda faz um alerta, ao citar as mãos de tucanos chamuscadas de inquéritos, numa referência mais direta ao caso de Aécio Neves, que tem causado forte desgaste ao partido.
A avaliação entre os tucanos é que a posição do ex-presidente deve enfraquecer a “ala Jaburu” e forçar o governador Geraldo Alckmin, nome mais forte do partido para 2018, a defender a tese do desembarque.
agosto 2017
Como o investimento em transporte impacta sua vida e a economia do país
Em um país de proporções continentais, com importantes regiões produtoras de alimentos, insumos e produtos por todos os seus cantos, o sistema de transportes é fundamental para fazer com que toda essa riqueza chegue de forma homogênea aos diversos estados brasileiros. Nas estradas, nos trilhos dos trens, a bordo de aviões e nos navios passam milhões de pessoas por ano e tudo que é plantado e manufaturado no país, o que faz a economia girar. Hoje, o setor de transportes corresponde a cerca de 12% do PIB brasileiro. Para que isso aconteça de uma forma mais ágil, barata e se torne mais acessível à população, o investimento nos diversos modais é importantíssimo.
O principal meio de transporte usado no Brasil é o rodoviário, que concentra 61,1% da movimentação de cargas ao ano no país. Seguido pelo ferroviário (20,7%), aquaviário (13,6%), dutoviário (4,2%) e aeroviário (0,4%) – segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Por meio deles são levados os insumos e produtos aos mais diversos lares brasileiros. No entanto, especialistas apontam que o ideal é que se busque um equilíbrio entre os diferentes modais.