“Valorizar a comunicação é fundamental na missão evangelizadora da Igreja Católica”, afirma o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo. Isto não significa investir em um empreendimento privado, com o único objetivo de constituir um negócio rentável. Essa valorização a que se refere dom Walmor deve sempre reger-se no horizonte que norteia o caminho missionário da Igreja, anunciando o Reino de Deus e, pela força desse anúncio, transformar vidas, ajudando na construção de uma sociedade justa e solidária.
Foi para esse propósito que a Rádio Maristela, de Torres/RS, entrou no ar em caráter experimental no dia 31 de dezembro de 1957, há 65 anos, oferecendo significativa e qualificada prestação de serviços que gravitam ao redor dos pilares da evangelização e da cultura. Compromisso assumido pelo então bispo da Diocese de Caxias do Sul, dom Benedito Zorzi, que viabilizou a instalação de uma segunda emissora de rádio em seu território diocesano, a Rádio Maristela, em Torres/RS. A primeira foi a Rádio Miriam, de Farroupilha/RS. A região de Torres, na época, pertencia à Diocese de Caxias do Sul, localização que não era de abrangência da Rádio Miriam.
De acordo com o atual diretor da emissora, padre Leonir Alves, a partir do ano 2000, quando foi instalada a Diocese de Osório, a Diocese de Caxias do Sul transferiu a emissora para a nova Diocese do Litoral Norte e, por um período, a emissora enfrentou alguns desafios, como equipamentos defasados, raros recursos financeiros para investimentos e nenhuma identidade institucional. De lá para cá, com incentivo e orientação do bispo da Diocese de Osório e presidente da Rádio Maristela, dom Jaime Pedro Kohl, buscaram-se melhorias e muitas conquistas vieram para a emissora.
“Foram muitas as conquistas, mas as mais significativas foram a construção do novo prédio junto ao Centro de Pastoral e Salão Paroquial e a migração do AM para o FM, em 2016, quando fomos uma das primeiras rádios a migrar na região”, conta padre Leonir.
O propósito de Dom Jaime e a dedicação do padre Leonir nos últimos 15 anos tornaram a Maristela uma rádio sustentável financeiramente, evangelizando no sentido mais amplo, abordando temas relevantes para a vida das pessoas e contribuindo para a formação de opinião crítica.
“Evangelizar, no caso de uma emissora de rádio, não é somente rezar ou ater-se a programas devocionais apenas, mas propagar os valores do Reino por meio de práticas, valores, atitudes e posicionamentos, sendo reconhecida como referência de informação com credibilidade, uma fonte comprometida com a verdade e o bem-comum”, explica Padre Leonir.
Dom Jaime, destaca que é ciente da importância e da influência da Rádio Maristela na comunidade regional. Afirma que é através dela que se torna possível adentrar nas casas e na vida das pessoas com a preocupação de edificar, promover desenvolvimento humano e cristão, criar comunhão e unidade em todas as instâncias de nossas cidades. “Defender o bem, a verdade e a justiça é nossa busca constante. Somos imensamente gratos aos que nos ouvem, aos que patrocinam nossos programas e conteúdos e, por isso, nos colocamos a serviço da comunidade para informar e formar para a responsabilidade pessoal e social. Comunicar é viver e viver é comunicar”, afirma o bispo.
No auge dos seus 65 anos, a Rádio Maristela segue se reinventando. Além de estar presente no rádio no dial 106.1 FM, também está na internet, pelo aplicativo, site, disseminada nas redes sociais, em seu estúdio móvel na beira-mar e, ainda, possui sua marca no balão da Rádio que sobrevoa a região ocupando o azul do céu, possibilitando chegar mais longe e contatar mais pessoas, contando histórias de vida e entretenimento saudável. Assim, a maneira que a Maristela encontra de estar sempre próxima de sua gente, mantendo a audiência com públicos de todas as idades de forma respeitável e ética é um modo de também evangelizar.
Crédito: Melissa Maciel/Ascom Diocese de Osório
