Se algo está claro neste verão é que São Pedro colaborou com o tempo, muito sol e mar cristalino, os argentinos salvaram a temporada no Litoral Norte e que o transporte da estação é o patinete elétrico. Por onde se olha, se encontra um desses veículos, seja em uso, por uma ou duas pessoas, parado aguardando alguém lhe contratar para usar ou ainda alguma empresa transportando os veículos para locação a beira mar.
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De acordo com o portal ecycle.com.br, “o patinete elétrico vem ganhando cada vez mais espaço como alternativa de locomoção nas áreas urbanas. Eles lembram uma bicicleta, mas funcionam com um pequeno motor elétrico e dispõem de uma plataforma em que o usuário se mantém de pé, para fazer viagens de curta-distância. À primeira vista, o patinete elétrico oferece uma série de vantagens quando comparados a outras opções de mobilidade urbana, mas é importante saber que eles também têm impacto ambiental”.
Já o portal G1, diz que esses veículos atraem consumidores que buscam um modo de transporte prático e que não exige esforço dos condutores para impulsionar o veículo. Entretanto, assim como para as bicicletas elétricas, as especificações e termos usados nas descrições dos produtos podem confundir o consumidor que, por vezes, não sabe por onde começar. Além da potência do motor, as descrições incluem capacidade da bateria, medida em ampère-hora (Ah), e o tamanho dos aros dos pneus, indicado em polegadas com o símbolo “.
Da mesma forma, as regras de trânsito que envolvem a modalidade usam denominações fora do vocabulário comum, como ciclomotor, ciclo-elétrico, entre outros.
REGRAS DE TRÂNSITO
Com tantos veículos circulando pelas cidades, uns pela ciclovia, outros pela via em meio aos carros, outros ainda nas calçadas, fica a interrogação de onde, por Lei, os patinetes elétricos podem transitar.
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De acordo com a resolução nº 996 do Conselho Nacional De Trânsito (CONTRAN), que trouxe novas regras de trânsito e definições importantes, sobretudo para o setor de mobilidade elétrica. A resolução estabeleceu critérios específicos para categorização de veículos, incluindo bicicletas elétricas, patinetes elétricos e ciclomotores.
Para fins da resolução, restou estabelecido que para estar enquadrado na categoria de “bicicleta elétrica”, o motor auxiliar de propulsão não poderá exceder a potência máxima de 1000 Watts. Além disso, o sistema deverá garantir que o motor funcione somente quando o condutor estiver pedalando, ou seja, com pedal assistido, sendo proibida a presença de acelerador ou qualquer outro dispositivo manual para ajuste da potência do veículo. Por fim, a velocidade máxima de propulsão do motor auxiliar não deverá ultrapassar 32 km/h.
A resolução trouxe ainda a categoria de “equipamento de mobilidade individual autopropelido”, o mais conhecido popularmente é o patinete elétrico, mas estão incluídos nesta mesma categoria outros equipamentos como o hoverboard, o monociclo e o skate ou longboard elétricos. Para estar inserido nesta categoria, o equipamento deverá conter as seguintes características: o veículo poderá ser dotado de uma ou mais rodas; podendo ou não conter um sistema de autoequilíbrio que estabiliza dinamicamente o equipamento; ser provido de um motor de propulsão elétrico com potência máxima de até 1000 Watts e velocidade máxima de fabricação não superior a 32 km/h. Além disso, deverão ser obedecidas as metragens de largura não superior a 70 cm e distância entre eixos de até 130 cm.
TORRES
No dia 17 de janeiro a Rádio Maristela publicou uma reportagem falando sobre quem pode transitar na ciclovia. Dê acordo com nota encaminhada, naquela data, pela Coordenadoria de Trânsito do município de Torres, “ a ciclovia é uma via exclusiva para bicicletas e suas usuários, separada fisicamente das demais modalidades de tráfego e dos pedestres, quanto a circulação de ciclomotores, bicicletas elétricas e equipamentos de mobilidade individual autopropelidos, os mesmos não podem utilizar a ciclovia”.
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Em resumo, a ciclovia ou ciclofaixa deve ser utilizada somente pelas bicicletas tradicionais, aquelas em que o usuário pedala a mesma. Pode ser para uso individual, em dupla, trio ou quarteto.
Dessa forma, bicicletas elétricas, patinetes e demais veículos com motores, pessoas correndo ou caminhando são proibidos por Lei de utilizarem a faixa.
Conforme a nota enviada pela Coordenadoria de Trânsito de Torres, “em caso de uso irregular da área de circulação destinada a bicicletas, podem ser acionados os telefones 118 Fiscalização de Trânsito Municipal e 190 Brigada Militar, para que possam fiscalizar o uso indevido da ciclovia”.
PRATICIDADE E FACILIDADE DE USO
Se você pensa em alugar um patinete, pode encontrá-lo em partes diferentes da cidade, utilizar um aplicativo para fazer o pagamento e começar a usar. O patinete elétrico não exige carteira de habilitação, pode ser estacionado em qualquer lugar e não precisa de combustível. A forma de pagamento também é superprática: como a transação é feita por cartão de crédito, dentro do aplicativo, você não precisa se preocupar se estiver sem dinheiro na hora do aluguel.
SEGURANÇA
Existem relatos de acidentes leves envolvendo patinetes elétricos, mas, caso você siga as recomendações de uso e respeite as regras da sua cidade para utilização dos aparelhos, eles são uma alternativa segura de locomoção urbana. O capacete não é obrigatório em algumas cidades, mas é sempre melhor utilizá-lo.
Foto: Anderson Weiler
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