A caixa Econômica Federal anunciou que vai concluir até 30 de novembro todas as propostas de crédito habitacional que foram aprovadas pelo banco, mas ficaram paradas à espera de recursos, antes da exigência de 50% de entrada para imóveis usados.
Os processos ficaram travados no banco sem a assinatura dos contratos e os compradores temiam perder os imóveis, como mostrou matéria do G1 publicada neste sábado (4).
Em setembro, a Caixa aumentou de 30% para 50% a exigência da entrada para financiar imóveis usados com recursos do SBPE (caderneta de poupança). No mesmo período, o banco adotou um sistema de dotação mensal que tornou a liberação dos recursos mais lenta.
Ao G1, a Caixa disse na semana passada que todos os clientes que não tinham assinado o contrato de financiamento até 25 de setembro teriam que dar uma entrada maior para conseguir o crédito.
Em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (6), o vice-presidente da Habitação do banco, Nelson de Souza, classificou a situação como “lamentável” e disse que estes financiamentos ainda serão enquadrados na regra anterior – com entrada mínima de 30% do valor do imóvel usado.
Souza admitiu que o banco está restringindo o crédito para clientes que compram imóvel usado e têm renda acima de R$ 4 mil. O motivo é adequar a Caixa a regras que entram em vigor em 2019 e exigem que os bancos tenham mais capital próprio para sustentar sua carteira de crédito.
Veja a íntegra da entrevista com o vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson de Souza: