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Pesquisa inédita com animais marinhos envolve a participação da comunidade no Litoral Norte

por Central de Jornalismo
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Se você mora ou está passeando no Litoral Norte, poderá se deparar nos próximos dias com
garrafas de vidro ou carcaças de animais marinhos com uma etiqueta de identificação. E, mesmo não sendo um cientista, poderá contribuir muito para uma pesquisa inédita sobre a fauna na Costa do Rio Grande do Sul. O estudo começa a ser aplicado nesta terça-feira (05). O objetivo é compreender como ocorre a deriva de animais marinhos em alto mar, em função da força dos ventos e das correntes marinhas. As garrafas e carcaças serão lançadas de um barco entre Tramandaí e Cidreira e a intenção é que elas sejam recuperadas com ajuda de moradores e visitantes da região os envolve a participação da comunidade no Litoral Norte.
Quem encontrar algum desses animais ou garrafas deve anotar a data, hora e local e avisar os
pesquisadores pelo telefone ou email que constam nas etiquetas de identificação.
A pesquisa A pesquisa coordenada pelo GEMARS, com apoio do FUNBIO e parceria com o CECLIMAR/UFRGS, UERGS
e UNISINOS, tem por objetivo compreender como ocorre a deriva de animais marinhos em alto mar, em função da força dos ventos e das correntes marinhas. O estudo faz parte do projeto Conservação da Toninha no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. “Com essas informações, poderemos entender melhor, por exemplo, quanto tempo um animal que morre em alto mar leva para chegar até as nossas praias”, explica o professor Paulo Ott, da UERGS e pesquisador do GEMARS.
A pesquisa também faz parte da tese de doutorado do biólogo Maurício Tavares, do CECLIMAR/UFRGS. Ao longo do ano, estão programados quatro experimentos, sendo o primeiro a partir desta terça-feira. Tavares explica que, com o auxílio de uma embarcação, serão realizadas cinco estações de amostragem entre Tramandaí e Cidreira. Em cada um desses pontos, serão lançadas garrafas de vidro, que atuarão como flutuadores, e carcaças frescas de animais marinhos (toninhas, tartarugas, pinguins e outras aves marinhas) que foram encontrados mortos nas praias gaúchas. Com a participação da população, os pesquisadores esperam recuperar o maior número possível de carcaças e garrafas lançadas em alto mar. “O auxílio da comunidade será fundamental para o sucesso do projeto. Assim, poderemos saber com maior precisão o tempo e a distância percorrida pelos objetos”, destaca Tavares.
 
Fonte: Litoral na Rede