A Prefeitura de Torres informa que as famílias carentes, atingidas pela ação fiscalizatória de esgoto cloacal clandestino nas Ruas 21 de Maio e Leopoldino João da Rosa, (limite dos bairros Jardim Eldorado e Porto Alegre) receberão da administração municipal, material para a construção da fossa: canos, cimento, tijolo, brita e areia. Para tanto, é necessário que estejam inscritas no Cadastro Único. Nesta ação que atendeu demanda do Ministério Público, foi constatado que, inicialmente, quatro famílias teriam dificuldades econômicas para viabilizarem a obra e desta maneira, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos já tomou as providências.
Por enquanto, vão receber material para a construção da fossa nesta semana, as famílias de Simone Hentz Bopsin, Terezinha Selau Gonçalves dos Santos, Franciele Lima Elias e Rozeli de Abreu Coruja de Matos. São todas famílias da Rua Leopoldino João da Rosa. De acordo com a secretária Neusa Carlo, moradores que assim como estes, possuírem o Cadastro Único, também serão beneficiados pela Prefeitura com o material para a realização da obra. Para serem contempladas, as famílias precisam dirigir-se a sede da Secretaria, localizada na Rua Joaquim Porto, 801.
A ação fiscalizatória ocorreu no dia 20 de agosto e as famílias já estavam cientes de que deveriam fazer a adequação. O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Jardim Eldorado, Francisco Gilmar Matos dos Santos, salienta que alertou os moradores da região sobre os perigos do esgoto correr nas vias públicas, orientado pela Diretoria da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde e também pelo secretário de Obras e Serviços Públicos, Davino Lopes.
Estas ruas já foram notificadas entre os anos de 2013 e 2015. Devido ao esgoto que corria nas vias, o intuito da Secretaria de Saúde foi o de proteger o meio ambiente e a saúde dos moradores da região, evitando o mau cheiro e a proliferação de doenças. Por diversas vezes, a Vigilância Ambiental e o Ministério Público receberam denúncias de moradores da região, sobre o fato de que bocas de lobo transbordavam esgoto nas vias. Além da contaminação do meio ambiente, sempre houve preocupação com a propagação de doenças como verminoses, cólera, hepatite, entre outras, devido a falta de tratamento do esgoto lançado na via.
Manifestando-se sobre o assunto, nos últimos dias, por meio da imprensa, o promotor de Justiça, Márcio de Carvalho, comentou que a demanda era do Ministério Público, ao solicitar do município uma atuação mais efetiva sobre a situação. O promotor destacou que a atuação deve ser uma rotina em todas as Prefeitura da Comarca . “Onde não há rede coletora da Corsan, o morador é legalmente obrigado a ter um sistema individual, com fossa e filtro sumidouro. Finalizando, o promotor disse que “não podemos continuar com a poluição ambiental e de riscos à saúde nas vias públicas”.
Fonte: Prefeitura de Torres