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Após bloqueio de verbas, UFSC pode parar suas atividades em outubro

por Central de Jornalismo
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O acesso ao Restaurante Universitário (RU) somente para estudantes isentos e o cancelamento da Semana da Pesquisa de Extensão (Sepex), estas são algumas das medidas possíveis de serem adotadas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) se o Governo Federal mantiver o bloqueio orçamentário da instituição.

Essas e outras medidas são propostas para mitigar o bloqueio de mais de 30% do orçamento de custeio e capital que a UFSC enfrenta. No total, estão indisponíveis para a instituição mais de R$ 43 milhões de um total de R$ 145 milhões, inicialmente aprovado pelo Governo Federal.

As cerca de 15 medidas que compõem a proposta – que deve ser apresentada à comunidade universitária e à sociedade até o próximo dia 3 de setembro – preveem a economia de quase R$ 1,8 milhão, e somente serão tomadas a partir de 15 de setembro. Este valor, no entanto, é, segundo Vladimir Arthur Fey, secretário de Planejamento e Orçamento da UFSC, suficiente para apenas mais um mês. “Nesse sentido, se persistirem os bloqueios do Ministério da Educação (MEC), a partir de 15 de outubro, a Universidade pode parar seu funcionamento”.

O anúncio foi realizado na reunião ampliada entre estudantes, técnicos-administrativos em Educação (TAEs) e professores, que ocorreu nesta quinta-feira, 29 de agosto, no Auditório do Espaço Físico Integrado (EFI) da UFSC. Em pauta, a situação financeira da UFSC e as medidas que a Administração Central planeja tomar frente aos bloqueios orçamentários impostos pelo Governo Federal às Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).

Reunião ampliada lota auditório

O volume de pessoas presentes atrasou bastante o início do evento, que a princípio ocorreria no Auditório Henrique Fontes, no Centro de Comunicação e Expressão (CCE) a partir das 13h30. O reitor Ubaldo Cesar Balthazar e o secretário de Planejamento e Orçamento, Vladimir Arthur Fey, foram questionados sobre qual seria o posicionamento da instituição diante do bloqueio que sofrem as IFES e da relação destes bloqueios com o projeto “Future-se”.

O público manifestou-se com apreensão e indignação quanto à situação da UFSC e do conjunto das IFES, e cobrou da Administração Central um posicionamento quanto aos temas. Questionado, o Reitor manifestou sua contrariedade ao projeto Future-se e informou que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) prepara uma proposta alternativa.

Os presentes se manifestaram contrariamente ao projeto, aos bloqueios e às medidas propostas pela UFSC, convocando a comunidade universitária aos atos e movimentos contra as ações do MEC e às atividades que, na próxima semana, debaterão os temas.

Por fim, Ubaldo confirmou aos presentes que a Administração Central suspenderá as aulas, a partir das 16h do dia 2 de setembro, e a partir das 13h do dia 3 de setembro, para possibilitar a participação de todos na Assembleia Geral Universitária do dia 2 e na Sessão Pública do Conselho Universitário, marcada para o dia 3.

Próximos eventos debatem orçamento e Future-se

Na próxima semana, no Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, serão realizadas:

2 de setembro (segunda-feira), às 18h, Assembleia Geral Universitária com as três categorias (estudantes, TAEs e professores) para discussão do programa “Future-se”;

3 de setembro (terça-feira), às 14h, Sessão Pública do Conselho Universitáriopara deliberação sobre o “Future-se”.

Mais informações sobre os debates acesse: http://gtfuturese.ufsc.br/

Fonte: W3 Revista