Os Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios em vários estados do Brasil, sem acordo coletivo, decretaram greve geral ontem, terça-feira, 10 de setembro, por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada após assembleias dos trabalhadores, que buscam reajuste salarial pela inflação, de 3,43%, e a manutenção de benefícios, como ter os pais como dependentes no plano de saúde e coparticipação de 30%; continuidade de percentual de férias em 70% e vales alimentação e refeição.
Em entrevista à repórter Melissa Maciel, na Unidade Móvel da Rádio Maristela, nesta manhã de quarta-feira, 11, trabalhadores da Agência e do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Torres afirmaram que a direção dos Correios, possivelmente a mando do Governo Federal, se negou a negociar com os trabalhadores.
“A intenção do Governo Bolsonaro é acabar com os benefícios da categoria, reduzindo radicalmente os salários e benefícios para facilitar a privatização da Empresa”, afirma Rudinei Amaral, um dos líderes da categoria em Torres.
De acordo com a trabalhadora dos Correios de Torres, Karina Sander, os funcionários de Torres buscam a compreensão e apoio da população para que no futuro possam seguir trabalhando com condições dignas e tranquilidade.
“A população reconhece o nosso trabalho. Nos dedicamos a fazer sempre o melhor, faça chuva ou faça sol. Benefícios adquiridos há anos pelos funcionários estão em risco, o que não permitirá que realizemos o nosso trabalho com qualidade e dignidade ao trabalhador”, desabafa Karina.
Agência e CDD de Torres
Nesta quarta-feira, 11, primeiro dia de paralisação, cerca de 80% dos funcionários aderiram a Greve. A Agência dos Correios do Centro de Torres e o CDD, na Rua Coronel Pacheco, seguem em funcionamento com atendimento parcial. Podendo a ficar totalmente paralisados nos próximos dias, caso a adesão chegue à 100% em Torres.
Central de Jornalismo da Rádio Maristela