“Não há uma tribuna para denunciar os crimes contra a gente e contra o meio ambiente. Onde estão os organismos internacionais? Como podemos ser ouvidos? Aonde podemos ir? A quem recorrer?” Essas foram as perguntas lançadas ontem, quarta-feira, 16, por Yesica Patiachi Yayori, da tribo Harakbut no Peru, durante o Sínodo para Amazônia realizado no Vaticano.
A indígena disse que, além da violência, o povo Harakbut sofre uma infinidade de outros desrespeitos que precisam ser denunciados: “nós sofremos preconceito por falar nossa própria língua, nossa cultura não é respeitada, sinto medo porque estamos esquecendo certas palavras do Harakbut de tanto sermos obrigados a falar espanhol.
Além disso, nossa floresta continua sendo destruída, os novos modelos de desenvolvimento nos excluem, querem reduzir nossas terras, querem nos ver divididos até desaparecer. Contamos com vocês para a preservação da floresta e a manutenção da dignidade dos nossos povos.
Acredito que sairão resultados daqui. O Papa é nosso irmão, porque se preocupou conosco”, afirmou a indígena.”
Fonte: CNBB