Ideias, materiais didáticos, atividades, fontes bibliográficas e outros componentes de projetos pedagógicos com temáticas socioambientais desenvolvidos por 46 professoras do Litoral Norte estão na Revista da Teia II. Lançada em reunião virtual na noite de terça-feira, 30 de junho de 2020, a publicação compartilha as vivências de 2014 a 2016 junto a mais de 1 mil estudantes de dez escolas públicas de Ensino Fundamental e está disponível para download na seção Educação do site do Centro Ecológico.
Em função do contexto de distanciamento social, Simone Brambila Nascimento, da Escola Stan, de Torres, ficou emocionada e com saudades ao reler a revista. Para a professora, sistematizar os projetos dá a real dimensão das atividades realizadas não só por ela, mas por muitas colegas da região. “A gente se encontra na Teia (de Educação Ambiental Mata Atlântica), se motiva a fazer e muitas vezes não vai sistematizando. No momento que a gente consegue escrever, analisar, avaliar tudo que a gente fez a gente fez, pensa: o meu trabalho também é legal!
Sandra Evaldt Model, que junto com sete colegas do Instituto Estadual de Educação Angelina Maggi, em Três Cachoeiras, desenvolveu o projeto “Cuidando de mim, do outro e do lugar que a gente vive”, relatou alguns dos momentos vivenciados entre 2015 e 2016 com alunas e alunos do 3º e 4º ano. Inspirado no livro Nina e a Carta da Terra, o projeto integrou diversas disciplinas na abordagem de assuntos como preservação da natureza e respeito à diversidade dos povos e culturas.
Publicado impresso em 2007, o livro Nina e a Carta da Terra também está, desde 29 de junho, no site do Centro Ecológico. O dia foi escolhido para homenagear os 20 anos do documento que se propõe a mostrar um novo rumo para sociedade.
Dez escolas da rede pública do Litoral Norte participaram da sistematização
Além do Instituto Angelina Maggi e da Escola Municipal de Educação Stan, participaram da segunda edição da Revista da Teia: Felipe Schaeffer, Escola de Educação Infantil Abelhinha, Escola Fernando Ferrari, Escola Baréa , de †rês Cachoeiras; Escola Demétrio Alves Fogaça e Martimiano Ferreira Alves de Mampituba, Escola estadual de Ensino Fundamental São Jorge, de Morrinhos do Sul; e Escola Luzia Rodrigues de Dom Pedro de Alcântara.
A Teia é uma articulação de pessoas que se unem em torno da promoção de ideias, vontades, sentimentos de fazer uma educação diferente. Iniciou suas atividades a partir de um curso sobre Mata Atlântica, em 2005.
Mensagem para uma nova educação
Antes dos relatos, as professoras ouviram uma mensagem de Thiago Berto, da Cidade-Escola Ayni de Guaporé/RS sobre nova educação. Thiago falou sobre diversos pontos que pais, mães, educadores e educadoras impõem às crianças. “O fato de nós colocarmos expectativa, esperar resultados das crianças, é algo que a sociedade deveria rever”.
Outros pontos que merecem ser revistos, na perspectiva da nova educação, são a proposta pedagógica – igual há 300 anos – e o ilusão, no meio educativo, que 30 crianças de uma sala de aula vão pensar no professor, professora, quer. “Elas devem estar pensando na vó, na bisa, no cachorro. E isso é natural. A mudança que a gente pode fazer é com os educadores”.
Toda a palestra de Thiago Berto pode ser vista no Facebook da Teia de Educação Ambiental Mata Atlântica e do Centro Ecológico.
Fonte: Centro Ecológico