Após ter sua prisão domiciliar decretada pela Polícia Federal durante a Operação Hemorragia, na última terça-feira, 19 de janeiro, Júlio Garcia (PSD) teve seu afastamento do cargo de deputado estadual e da presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) determinado.
A decisão foi tomada pela juíza federal Janaína Cassol, que destaca a medida como necessária devido a relação entre os crimes investigados e a influência política do deputado. A Operação Hemorragia é, na verdade, a segunda fase da Operação Alcatraz, que investiga supostos crimes de corrupção, fraudes de licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa em Santa Catarina.
Júlio é investigado pela suspeita de fraudes em contratos entre secretarias do Estado e empresas de tecnologia do ramo da saúde. A defesa do deputado estadual se manifestou na manhã de ontem, quarta-feira, 20, afirmando não se justificar a prisão em flagrante ou preventiva, pela ausência de autoria, coautoria ou participação, por não ocorrência de qualquer perigo que decorra de sua liberdade, além do decreto de prisão constituir desatenção à regra constitucional de imunidade conforme o art.53 da Constituição Federal.
Fonte: 4oito