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Mudança repentina na direção do vento faz balão pousar na Prainha em Torres

por Central de Jornalismo
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Com frequência, os entardeceres em Torres contam com o colorido dos balões. No final tarde de ontem, segunda-feira, 15 de fevereiro, não foi diferente. Alguns balões decolaram da Praça Borges de Medeiros, Prainha, local tradicional para decolagens no final da tarde, um espetáculo à parte junto ao pôr-do-sol.

Porém, uma mudança repentina dos ventos, característica comum no esporte do balonismo em Torres, desafiou o experiente piloto torrense Ricardo Rosa de Lima, da empresa Trip Balonismo, que pilotava o balão “#Descubra Torres“, da Infinity Imobiliária, a buscar um pouso com segurança para a sua tripulação.

De acordo com Ricardo, após a decolagem, observou que o vento estava virando em várias direções, levando o balão, em um primeiro momento, para fora da cidade em direção ao município vizinho de Passo de Torres/SC. O piloto conta que foram várias as tentativas de busca de local adequado para o pouso. Já em Passo de Torres/SC uma camada de vento forte direciona o balão de volta a cidade de Torres, na direção da Prainha.

“Conforme as coordenadas do GPS, o pouso seria tranquilo na ponta da Prainha em Torres, bem no pé do Morro do Farol. Porém ao me aproximar do local, isso era por volta das 19h20min, já havia decorrido 1h27 minutos de voo e já estava escurecendo. Na aproximação eu tinha visão de algumas árvores, mas não conseguia ver que atrás da copa das árvores havia uma rede elétrica, ocorrendo um rápido contato do cesto do balão com a rede”, explica Ricardo.

O incidente com a rede elétrica na região da Prainha resultou em um apagão de energia elétrica, que foi reestabelecido ainda na noite de ontem, sem causar nenhum ferimento às pessoas ou avariação do balão.

O piloto disse que informou aos passageiros que haveria o toque do cesto com a rede, tranquilizando a tripulação que nada de grave aconteceria. Quem acompanhava a aproximação do balão à beira-mar, ficou preocupado com a manobra realizada pelo piloto Ricardo.

“Quando o balão tocou a rede, ele realizou um movimento de pêndulo, o que é normal, voltando a subir. Como o pouso seria na faixa de areia da Prainha, acionei o TAP, uma espécie de freio do balão, fazendo com que ele comece a murchar rapidamente, o que faz o balão descer em linha reta e de maneira muito suave”, explicou o piloto, que só em 2020, foi o balonista que mais realizou voos no Rio Grande do Sul, alcançando a marca de 192 voos.

O balonismo é um esporte que depende diretamente da direção e da força dos ventos, e manobras como frear o balão, e buscar pousos em locais seguros, em campos abertos ou faixa de praia é comum no esporte e, claro, depende muito da experiência e técnica de pilotos como Ricardo, e muitos outros pilotos torrenses, que atuam no esporte durante todo o ano e participam de inúmeras competições e festivais do balonismo em todo o Brasil.

Central de Jornalismo – Rádio Maristela