A vacinação contra Covid-19 por idades em Santa Catarina vai começar. A autorização foi dada pelo Comissão Intergestores Bipartite (CIB), formado por secretários municipais de Saúde e pelo secretário de Estado da Saúde, nesta quarta-feira (2). Pelo acordo definido, não haverá um percentual estabelecido, como inicialmente o governo catarinense havia discutido em colocar 30%. A cota destinada à vacinação por faixa etária vai depender do avanço da imunização dos grupos prioritários, que seguirá.
A vacinação por idade será a partir dos 59 anos, e será dividida em oito grupos de cima para baixo:
1 – 59 a 55 anos;
2 – 54 a 50 anos;
3 – 49 a 45 anos;
4 – 44 a 40 anos;
5 – 39 a 35 anos;
6 – 34 a 30 anos;
7 – 29 a 25 anos;
8 – 24 a 18 anos.
Os municípios é que vão coordenar a aplicação e convocação das pessoas.
Na remessa enviada nesta quarta-feira, com pouco mais de 200 mil doses, os municípios deverão aplicá-las no grupos de trabalhadores da educação, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros, ferroviário, aquaviário, trabalhadores da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e caminhoneiros, além de uma quantitativo para atender as demandas em andamento.
Além disso, as faixas etárias já vão receber um quantitativo para iniciar a aplicação das doses em SC. Pelos cálculos do Estado, seriam 21% dessas 200 mil. A partir dos próximos envios, segundo o que foi definido, haverá um compartilhamento de doses entre os grupos prioritários destinos no plano nacional de imunização e a população em geral a partir das idades.
As doses excedentes nos municípios serão liberadas para a aplicação nos grupos de faixa etárias.
Discussão tensa
O debate entre o secretário de Estado de Saúde, André Motta Ribeiro, e os secretários municipais de Saúde teve momentos de tensão. Isso porque, os gestores das cidades ficaram descontentes com a publicação em rede social de Motta Ribeiro que já apontava para a destinação de 30% das doses aos grupos idade.
O grupo de secretários se sentiu desprestigiado por entender que a decisão já havia sido tomada pelo Estado. Após ser questionado, Motta Ribeiro voltou a se manifestar e chegou a cogitar que não se avançasse neste momento para as faixas etárias alegando que se não houvesse um definição por percentual conforme havia sido proposta, ele estaria passível de questionamento de órgãos de controle.
A posição do secretário gerou reações entre os gestores municipais, mas foi contida pela proposta do superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, que sugeriu o avanço das cotas proporcionalmente, sem um percentual exato.
Fonte: NSC