Há uma preocupação de especialistas em saúde com a baixa procura pela segunda dose da vacina contra a Covid-19 no Brasil. Muitas pessoas realizaram a primeira dose, mas não estão retornando aos postos de saúde para fazer a segunda aplicação. Porém, a segunda dose é necessária para completar o esquema vacinal e estar protegido contra o vírus, pois sem ela o risco de infecção grave é muito maior. As vacinas aprovadas no Brasil, AstraZeneca, CoronaVac e Pfizer são de duas doses, a única exceção é o imunizante da Janssen, que é dose única, mas que ainda não começou a ser aplicado na população.
Estudos comprovam que as vacinas de duas doses só são eficientes se aplicadas como a indicação, ou seja, em duas vezes, pois além de aumentar a proteção a segunda dose ajuda a prolongar a duração dessa proteção.
Conforme orientação da área médica do Hospital Santa Luzia de Capão da Canoa, apenas com a vacinação completa é que a pessoa estará menos exposta a uma infecção por coronavírus, pois é na segunda aplicação que o corpo passa a produzir uma quantidade maior de anticorpos. Por consequência, também expõe menos aqueles ao seu redor que, por algum motivo, ainda não puderam ser imunizados.
Além disso, o percentual de 70% da população vacinada como atingimento da chamada “imunidade de rebanho” – que permitiria uma maior flexibilização de atividades – refere-se àqueles que tomaram as duas doses. O alerta fica igualmente para aqueles que desejam voltar a viajar em breve: muitos países têm exigido um certificado de vacinação que mostre que o turista está completamente vacinado.
O hospital ressalta ainda, que, mesmo aquelas pessoas que já fizeram as duas doses precisam seguir cumprindo os protocolos de prevenção, com uso de máscara, álcool gel e mantendo distanciamento.
Quem perdeu o prazo da segunda dose deve buscar informações no posto de saúde do seu município e fazer a vacina, para que possa completar a imunização e receber uma boa resposta imune. A vacina não protege só quem se vacina, ela cria uma barreira na comunidade, diminuindo as possibilidades de alguém se infectar.
As pessoas que tomaram apenas uma dose da vacina correm mais risco de se infectar, em comparação com pessoas que completaram o esquema vacinal. Sendo que com mais vírus circulando, cresce a chance de novas variantes.
O intervalo entre a primeira e a segunda dose varia conforme a vacina, da CoronaVac deve-se fazer intervalo de 14 a 28 dias, e da AstraZeneca e Pfizer o período é maior, três meses após a primeira aplicação.
Foto: Reprodução/Canva
