Nos últimos dias gaúchos e catarinenses têm enfrentado muito frio e se assustado com as fortes rajadas de vento, registradas principalmente no Litoral Norte do RS e Sul de SC. Em algumas cidades serranas teve neve e chuva congelada. Tudo isso foi intensificado pelo ciclone Raoni, que se formou em alto mar na última segunda-feira, 28 de junho, e foi avançando pelas regiões do Sul do Brasil.
Segundo o Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), o sistema classificado como tempestade subtropical recebeu o nome “Raoni” com ventos estimados de 45 nós (83 km/h) nos setores Sudoeste e Oeste da tempestade marítima e de 40 nós (74 km/h) nos setores Noroeste e Norte do sistema. A expressão “Raoni” significa “grande guerreiro” em tupi-guarani e integra a lista de ciclones atípicos da Marinha.
A MetSul Meteorologia diz que desde o ciclone Catarina de 2004, nunca havia observado um sistema tão parecido com os estágios iniciais dele como o ciclone Raoni. Trata-se de um sistema que precisará ser estudado porque possui diversas peculiaridades singulares como sua estrutura e sua formação muito ao Sul, fora do período quente do ano e ainda em meio a uma onda intensa de frio com neve. Isso faz com que não haja um consenso na comunidade meteorológica sobre a sua real natureza.
Diferente do ciclone bomba registrado no ano passado e também do Catarina, o ciclone Raoni não causou grandes estragos por onde passou, até o momento foram notificadas apenas quedas de luz em alguns municípios do Litoral Norte Gaúcho.
A partir desta quarta-feira, 30 de junho, a ventania deve começar a perder força e as temperaturas voltarem a subir, diminuindo a intensidade do frio dos últimos dias no RS e SC.
Foto: Divulgação/Zoom Earth