Nesta quinta-feira, 26 de maio, foi divulgado através de um portal de notícias do Sul Catarinense de que uma menina de seis anos teria sido vítima de violência sexual no município de São João do Sul. A notícia, entretanto, não está correta, garante o Delegado André Coltro, responsável pela Comarca de Santa Rosa do Sul, após ser contatado pela Central de Jornalismo da Rádio Maristela afim do esclarecimento dos fatos.
A notícia divulgada afirma que “De acordo com a funcionária do abrigo de menores, o conselho tutelar retirou essa menina do lar, depois de buscar a criança no colégio no interior de São João do Sul, sob suspeita de maus tratos e abuso sexual. Segundo a funcionária ao dar banho na criança, a mesma ficou bastante agitada, pedindo pra não a tocar nos órgãos genitais.” e ainda que “Diante da situação inusitada, a mesma levou a criança até o Posto de Saúde, onde a médica de plantão fez um exame preliminar, constatando que a criança apresentava possíveis lesões e alergias nas partes íntimas. Posteriormente a médica encaminhou a criança até o Hospital Regional de Araranguá, que acionou a Polícia Militar, pois o hospital não poderia realizar esse tipo de exame. Imediatamente o Instituto Geral de Perícias foi acionado para investigar a denúncia. Ainda conforme o relato da funcionária da instituição, a criança se queixava de dores nas regiões íntimas, como anus e vagina, e que pessoas próximas a tocavam frequentemente.”
De acordo com a declaração do delegado André, “Podemos adiantar que a criança foi encaminhada ao IML para exame de abuso sexual e que o resultado foi negativo. A família já vinha sendo acompanhada pela Rede de Proteção à Criança e não havia suspeita ou indicativos de abuso sexual. Ou seja, em princípio não procede que ela tenha sido vítima de abuso.”
Ainda em sua declaração, o delegado confirma que realmente o Conselho Tutelar conduziu a criança para a Casa Lar – instituição que abriga crianças e adolescentes – de Araranguá. Na Casa Lar foi realizada a denúncia de abuso sexual pela equipe do CT e após exames periciais através do Instituto Médico Legal (IML), foi deferido que a acusação de violência sexual não procede diante do laudo que constatou que não houve violência devido aos órgãos genitais da criança estarem sem lesões e não constatado violação.
O caso ainda está sendo investigado pela Delegacia.
Foto: Banco de imagem/Meramente ilustrativa
Estagiária Heloísa Cardoso, sob supervisão de Leonir Alves.