Santa Catarina teve crescimento de oito casos de varíola dos macacos (Human Monkeypox Virus) nas últimas 24 horas. Os dados divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), neste domingo, 11, mostram que o número subiu de 163, no sábado, para 171.
Conforme o relatório, o total de casos notificados é de 918, dos quais 442 foram descartados e 281 estão em investigação. Outros 17 casos são tratados como prováveis pela Diretoria.
De acordo com a médica epidemiologista e gerente da Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, Ana Cristina Vidor, o crescimento dos casos pode ser explicado pela forma como as pessoas estão acostumadas a viver em sociedade, com muitos toques, como no ônibus e em festas, por exemplo, ajudando o vírus a se espalhar rapidamente.
Segundo a DIVE/SC a Monkeypox é uma doença causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita em 1958, os macacos.
“Apesar do nome, os primatas não humanos não são reservatórios. Trata-se de uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus”, diz nota da DIVE/SC em seu site oficial.
Saúde pública
O Ministério da Saúde incluiu a varíola dos macacos (Monkeypox) na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública. Com isso, profissionais de estabelecimentos públicos e privados ficam obrigados a informar às autoridades, em até 24 horas, sobre os casos confirmados da doença.
Causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês), a doença foi declarada emergência de saúde pública de interesse internacional pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em julho deste ano. A decisão foi tomada após o aumento do número de casos em vários países.
No Brasil, o primeiro diagnóstico foi confirmado no início de junho, em São Paulo (SP). A primeira morte associada à doença ocorreu no fim de julho, em Belo Horizonte (MG).
Transmissão e sintomas
A Varíola dos Macacos pode ser transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada cuja pele esteja lesionada. O contágio pode se dar por abraços, beijos, massagens ou relações sexuais. A doença também pode ser transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.
Entre os principais sintomas da varíola dos macacos estão as erupções cutâneas ou lesões na pele; ínguas; febre; dores no corpo; dor de cabeça; calafrio e fraqueza. O ministério recomenda que as pessoas consultem um médico caso notem qualquer um destes sinais.
Na maioria dos casos, os pacientes apresentam sintomas leves, para os quais não há tratamento específico, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões.
Começaram a chegar ao país os primeiros tratamentos medicamentosos prescritos para pacientes com risco de desenvolver formas graves da doença (pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos).
Fonte: nd+
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