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Comissão para os ministérios ordenados e a vida consagrada realiza reunião ampliada até quinta-feira

por Marina Moesch
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Com foco na preparação do 3º Ano Vocacional do Brasil, a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove sua reunião ampliada de hoje, 13, até o dia 15. Reunidos de modo virtual, os organismos que compõem a Comissão aprofundam o tema “Ano Vocacional: pés a caminho, corações ardentes!?”.

O encontro é realizado anualmente e tem o objetivo de partilhar experiências e construir um planejamento comum na dimensão vocacional. A dinâmica da edição deste ano contou com reflexões sobre espiritualidade, formação e pastoral, a partir da frase do Papa Francisco: “Toda a pastoral é vocacional, toda a formação é vocacional e toda a espiritualidade é vocacional”, contida na exortação pós-sinodal Christus Vivit. Amanhã, os participantes terão encontros por organismos. E, na quinta-feira, haverá a partilha em vista de um planejamento comum em 2023.

Na abertura do encontro, na manhã de hoje, o bispo de Novo Hamburgo e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados da CNBB, dom João Francisco Salm, saudou os participantes. Para o momento orante, foi projetado o vídeo do hino do 3º Ano Vocacional do Brasil.

As atividades seguiram com a abordagem sobre espiritualidade, formação e pastoral, a partir da frase do Papa Francisco na Exortação Pós Sinodal Christus Vivit. Três assessores contribuíram nesta reflexão.

Espiritualidade, chave da vocação

O jovem Sued Henrique, membro da articulação das CEBs na arquidiocese de Brasília (DF), especialista em Liturgia, geógrafo, bombeiro militar e estudante de medicina, aprofundou a dimensão da espiritualidade na frase do papa Francisco (“Toda a espiritualidade é vocacional”).

Ele salientou que a espiritualidade é a chave da vocação dos cristãos católicos e que toda Liturgia é essencialmente vocacional. A grande questão a ser respondida, segundo Sued, é “Que tipo de espiritualidade queremos?”. Em sua reflexão, deu indicações para a busca de respostas, ao afirmar que toda vocação deve ser para o serviço de transformação dos sinais de morte em sinais de vida na realidade. “A espiritualidade nos conduz e anima nessa missão”, salientou.

Ao final, deixou algumas provocações: “Para que a espiritualidade seja vocacional, que tipo de Igreja queremos? Como vamos construir uma espiritualidade vocacional especialmente com as juventudes?”. A indicação é que vocação, liturgia e vida devem estar interconectadas.

Meta é configurar-se a Jesus Cristo

Irmã Clotilde Prates de Azevedo, apostolina, mestre em Teologia, diretora presidente do Instituto de Pastoral Vocacional (IPV), membro da coordenação da Conferência dos Religiosos do Brasil em São Paulo (CRB de São Paulo) e assessora da Pastoral da Juventude no Regional Sul 1 (São Paulo), aprofundou a dimensão da formação na frase do papa (“Toda a formação é vocacional”).

Ela explicou que configurar-se a Jesus Cristo é a meta de toda formação. “Mais que assimilação de conteúdos, é disponibilidade interior em estar para o outro. Assim como a formação é permanente e integral, também a vocação é: começa no nascimento e se conclui no chamado à eternidade”.

Criar mentalidade vocacional

Sobre o trecho em que o Papa Francisco fala que “Toda a pastoral é vocacional”, quem aprofundou foi o padre Geraldo Tadeu Furtado, que é superior provincial dos Rogacionistas, autor de metodologia de Exercícios Espirituais Vocacionais (EEV), orientador de retiros e assessor.

Ele observou que, no início da frase do Papa na Christus Vivit, há o verbo “pensar”, o que poderia levar à compreensão de que tudo não passa de teorias, sem um devido plano de ação para tornar a vocação mais ampla. Na verdade, explicou, “ouso afirmar que o Papa estava querendo dizer que devemos criar uma mentalidade de que toda pastoral, espiritualidade e formação sejam vocacionais”. Este é um percurso que impulsiona ao serviço, de acordo com a Comissão.

 Composição

São os organismos vinculados à Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB a Comissão Nacional dos Diáconos (CND); a Comissão Nacional dos Presbíteros (CNP); a Conferência Nacional dos Institutos Seculares do Brasil (CNISB); a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB); a Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB) e o Serviço de Animação Vocacional/Pastoral Vocacional (SAV/PV).

 Fonte: CNBB

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