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Voluntárias do CVV falam sobre Setembro Amarelo no Revista Maristela

por Heloísa Cardoso
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O Centro de Valorização à Vida é uma instituição que atende gratuitamente todas as pessoas que necessitam de apoio emocional e que precisem conversar. E o trabalho do Centro aparece ainda mais no Setembro Amarelo, a campanha nacional que determina setembro o mês de prevenção ao suicídio.

Em conversa no programa Revista Maristela, a voluntária do CVV, Liziane Eberle, fala que as estatísticas mostram um alto número de suicídios todos os dias, quase como uma guerra. “Isso é pouco falado, mas entidades começaram a dar a importância devida à saúde mental, o que faz toda a sociedade entender melhor os sinais que amigos ou familiares podem dar e demonstrar estarem sofrendo por algo”, comenta Liziane.

Ao observar comportamentos diferentes em pessoas próximas, já é possível identificar a necessidade de conversa e abertura sobre o assunto. O uso indevido de álcool, por exemplo, é um desses sinais. “O Setembro Amarelo existe para que cada pessoa possa identificar e entender as mudanças de comportamento em entes próximos”, conta a voluntária.

A psicóloga Samantha Sittart, que também atua como voluntária no CVV, complementa a fala de Liziane ao dizer que “assim como a campanha do Outubro Rosa tem ajudado tantas mulheres a prevenirem o câncer de mama, a campanha de Setembro Amarelo ajuda as pessoas a ficarem mais alertas ao seu redor e a si mesmos”.

A procura por ajuda e por profissionais que possam criar conversas, a dar vazão ao sentimento de solidão, luto, desânimo, é necessária e pode ser o primeiro passo para a prevenção de um ato contra si mesmo.

“Nem todo mundo consegue lidar com situações da vida e a pandemia deixou isso ainda mais expressivo. O luto de não ter comemorações importantes como os 15 anos, de perder emprego, de ficar sem socializar. Tudo isso causou ainda mais dor às pessoas”, explica Samanta.

Liziane explica que qualquer pessoa que precise de ajuda com questões emocionais pode falar gratuitamente com o CVV. O número para ligação é 188 e aceita, também, ligações de quem está sem crédito no telefone. O atendimento é 24h por dia e pode ser feito também pelo chat direto no site. “Os jovens tem preferido falar pelo chat e temos mais de 4 mil voluntários trabalhando para tentar atender toda a demanda”. Segundo a voluntária, o Centro recebe 10 mil ligações por dia.

Um outro desafio que a psicóloga conta, no programa, é o de pessoas que estão sentindo muita dor e não conseguem expressar em palavras, então são preconceituosas com o atendimento. “É muito difícil de uma pessoa se abrir sobre assuntos delicados, mas quando ela não aceita que precisa procurar ajuda, é ainda mais difícil. O nosso papel como profissional é acolher e mostrar que conversar ajuda sim.”, ela fala. A saúde mental é uma doença que não é visível, mas que pode causar problemas físicos, segundo relato de Liziane.

E por isso, ela reforça que o Centro está sempre em busca de voluntários para fazer parte do time de atendimento do CVV. Para se inscrever é necessário ter 18 anos e a disponibilidade de 4 horas semanais. Quando a pessoa se coloca a disposição do Centro, faz um curso de capacitação remotamente e fica apto a desenvolver o trabalho.

Liziane faz o convite aos ouvintes da Rádio Maristela para uma nova turma de capacitação que inicia dia 22 de setembro. Para mais informações, é só acessar https://www.cvv.org.br/ ou mandar email para [email protected].

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