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Dia Nacional do Surdo é pauta no Revista Maristela de hoje, 26 de setembro

por Heloísa Cardoso
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A Rádio Maristela convidou a professora aposentada na educação especial, Rilda Perraro Vieira, para falar sobre o Dia Nacional do Surdo no programa Revista Maristela dessa segunda-feira, dia 26.

Rilda comenta que a definição dessa data como alusiva ao surdo existe desde 2008 e é referente a fundação da primeira escola de surdos do Brasil, o Instituto Nacional de Educação de Surdos. Ela conta que em 1855, Dom Pedro II convidou um professor surdo francês para ser o responsável de fundar a escola e em 26 de setembro de 1857, ele abre o Instituto Imperial de Surdos-Mudos, que hoje é o INES.

Setembro é um mês significativo para a visibilidade e cultura surda, segundo Rilda. Durante os 30 dias, são celebradas outras datas que fazem referência à essas pessoas como o Dia Mundial do Tradutor. E essas comemorações fazem parte do chamado Setembro Azul. A cor representa a luta vivida pelos deficientes no período da II Guerra Mundial, quando os nazistas colocavam uma fita azul amarrada nas pessoas com alguma deficiência, para os identificarem e então, dizimá-los.

As Libras, o nome da Língua Brasileira de Sinais é oficial no país e tem ganhado cada vez mais atenção. Por ser gestual e visual, é através dela que o surdo se comunica. E por isso, Rilda expressa sua vontade de que mais pessoas possam buscar conhecimento sobre como se comunicar com as pessoas que tenham alguma deficiência. “Noto que temos poucos profissionais que executam esse trabalho de conversa e tradução, principalmente em momentos como os de saúde. Já acompanhei o parto do filho de um casal surdo que estava no hospital, por exemplo”, ela explica.

Rilda começou a trabalhar com libras porque seu sobrinho sofreu de meningite, quando pequeno, e uma das habilidades que não conseguiu recuperar, foi a da audição. Por isso, ela foi pesquisando e aprendendo por conta própria, até que encontrou cursos e especializações que puderam facilitar a comunicação dela com o parente.

Algumas curiosidades que Rilda trouxe na entrevista contam que, no último censo do IBGE, foram identificados mais de 10 milhões de pessoas com alguma deficiência auditiva, o que corresponde a 5% da população do Brasil. “Só no Rio Grande do Sul, são mais de 600 mil pessoas que acabam ficando limitadas do convívio social quando poucas pessoas conseguem se comunicar com eles”, Rilda coloca.

E ela ainda convida os ouvintes da Rádio Maristela a conhecerem mais sobre a língua de sinais, fazerem cursos, buscarem profissionais de educação especial para entender onde que cada um pode ajudar na inclusão dessas pessoas na sociedade.

“É gratificante quando vemos profissionais da saúde ou do comércio que sabem se comunicar através de sinais, isso facilita muito a vida dessas pessoas”, Rilda finaliza.

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