Para falar sobre o Dia Mundial dos Animais, 4 de outubro, o programa Revista Maristela convidou a voluntária de proteção aos animais vítimas de maus tratos e abandono, Fabi Corrêa.
Fabi contou que o seu trabalho envolve o resgate, a aplicação dos tratamentos ou cirurgias que se fazem necessários para cada caso e quando os animais já se encontram saudáveis são encaminhados para adoção.
“O abandono é um problema público de falta de controle de natalidade e de programas de castração”, comenta Fabi. Para se conter esse tipo de situação, é necessário que existam mais projetos que valorizem a vida dos animais. “Aqui em Torres, tem muita gente que faz o que pode. Vêem o bichinho na rua e querem ajudar, mas já não tem mais condições porque ajudam muitos outros”.
Fabi conta que em média, durante 10 anos, um casal de cachorros e um casal de gatos, gera 80 mil filhotes. A sociedade não consegue suportar e sustentar todos esses bichinhos e é por isso que isso se torna um problema público, comenta a voluntária.
“É comum vermos em comunidades mais humildes e carentes muitos animais ao redor das casas. Isso acontece porque são muitos cães e gatos soltos que se relacionam e engravidam. Como não estão castrados e não tem um cuidado especial, acabam ficando nas famílias que os acolherem”, explica Fabi.
Outro caso bem comum que é comentado pela voluntária é que ainda vemos muitos cavalos sendo mau tratados nas ruas. “Sofrem com chicotes, com violência, com muita carga, pouco descanso”. Não podemos pensar apenas no bem estar dos pequenos animais, mas em todos os seres vivos.
Existem leis que protegem os animais e todo ser vivo tem direito a proteção, a viver com dignidade e a não ser submetido a violência. Por isso, Fabi encoraja os ouvintes a denunciarem situações de violência que forem avistadas pela cidade. “Às vezes vemos cachorros em terrenos vazios com uma corrente curta em que não conseguem nem caminhar muito, isso é uma violência sim”.
Fabi fala sobre a ONG SOS Bicho Urbano sendo um caso de organização que se envolve e ajuda nos mutirões de castração aqui na região. E quem quiser saber mais sobre esse tipo de voluntariado, pode falar diretamente com eles pelo Instagram.
“As pessoas tem que entender que ter um animal de estimação é uma grande responsabilidade. Abandonar ou não cuidar é crime!”, Fabi conclui.
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