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Outubro Rosa é o assunto do Revista Maristela

por Maria Stolting
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O programa Revista Maristela de sexta-feira, 7, trouxe para a conversa a temática Outubro Rosa. Presente no estúdio estava
Carla Franco Faraco, que está atualmente em tratamento contra o câncer de mama, e via Skype, contamos com a presidente voluntária da Amigas da Prevenção do Câncer de Mama (ABAMI), Daiana Godoy.

Em 2022, a ABAMI completou 18 anos de fundação e a história da organização começou com a experiência de Daiana ao lidar com sua sogra que teve câncer de mama. A luta foi de 14 anos, mas a inspiração foi pra vida toda. Ambas gostariam que mais mulheres tivessem acesso a informações sobre a prevenção do câncer de mama e também mais apoio. “Em 2012 fomos além da nossa sede em Imbé e nos tornamos Amigas do litoral todo”, conta Daiana. Segundo ela, a Lei Estadual que decreta o dia 18 de julho como o Dia Estadual do Combate ao Câncer de Mama foi um dos legados de sua sogra, que na época em que era vereadora de Imbé, aprovou a data na cidade.

O trabalho da ABAMI consiste em fornecer apoio emocional, aluguel de cadeira de rodas, muletas, perucas, promoção de brechós e eventos que possam gerar recursos que rendam 10 exames de mamografia por mês. Em outubro, os esforços se multiplicam e a meta da organização é chegar a 100 exames distribuídos gratuitamente a mulheres que precisem. “Durante a pandemia tivemos muitas dificuldades financeiras já que nossos eventos pararam e nossas voluntárias, que eram grupo de risco, tiveram que se ausentar do trabalho. Mas em 2021 e 2022 já estamos nos esforçando para continuar o trabalho”, complementa Daiana.

Na opinião da presidente, a maior dificuldade hoje de quem está em tratamento é o fato de que os atendimentos são todos em Porto Alegre. Isso gera custos de deslocamento, estadia e alimentação que muitas famílias não tem como arcar. E Carla concorda com essa afirmação. “Descobrir o câncer não é fácil, mas a forma como o corpo e a alma ficam debilitados durante o tratamento também é bem difícil”.

Carla explica que sem uma rede de apoio e sem acreditar que vai ficar tudo bem, o paciente tem uma recuepração ainda mais demorada. “A gente tem que se cuidar, se amar e contar com pessoas do bem ao nosso redor. Fiquei mais reclusa quando descobri o câncer porque me desgastava ao explicar sobre a doença às pessoas. Mas quando me senti mais forte, vi que poderia ser inspiração para outras mulheres”, conta ela.

O câncer de mama, assim como outros cânceres, não é necessariamente genético e sim, tem relação com a alimentação e hábitos da pessoa, explica Daiana. “E por isso, realizar exames com frequência é o que decide se o tratamento será muito ou pouco complicado, é o tempo que vai ajudar ou piorar a situação”, ela conclui.

A Central de Jornalismo também irá falar com profissionais da área da saúde nos próximos dias. Confira a entrevista completa no áudio abaixo:

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