Em entrevista com a gestora integrada de segurança pública e coordenadora do cemitério, Maria do Carmo Conforte, sobre demandas da pasta, no programa Revista Maristela, um dos assuntos foi o Cemitério de Torres.
Com a proximidade do Dia de Finados, quarta-feira da semana que vem, dia 2, já é possível identificar um maior movimento das famílias dentro do Cemitério. Com uma área de 44 mil metros quadrados e com cerca de 80 anos de existência, esse é um espaço que cresceu muito nos últimos anos e que tem necessitado melhorias. Por isso, durante a conversa, Maria do Carmo conta que desde 2021 foi iniciado um processo de identificação dos túmulos. Até agora já foram contabilizadas 6200 sepulturas com informações completas, que são o nome, data de nascimento e de supultamento do cidadão. Porém, Maria comenta que o trabalho vai seguir por algum tempo já que sabem da existência de mais de 20 mil restos mortais.
Outra melhoria que foi excutada, ainda esse ano, foi a de organizar a numeração dos túmulos. Desta forma, as famílias podem identificar onde que se encontra o seu ente querido com mais facilidade e também conseguem repassar essa informação para a Prefeitura quando quiserem executar alguma modificação no local. “Não é mais possível que cada um faça o que quiser no espaço, as famílias devem pedir essa autorização para que assim tenhamos mais controle sobre o que acontece por lá,” fala a gestora.
O cemitério é visto como um lugar de história e memória, mas entende-se, também, que muitos não visitam o espaço pela dor. “Sabemos que pode ser difícil, mas é de responsabilidade das famílias a manutenção da sua capela ou túmulo.” Dentro da necrópole, que já chega ao tamanho do estado do Vaticano em metragem, existe muita informação sobre Torres. Nomes de ruas, ex-prefeitos, pessoas importantes da comunidade estão sepultadas por la, segundo a coordenadora.
E é por isso que a Prefeitura realiza as melhorias possíves no espaço compartilhado. Atualmente, pensando em preparar o local para o dia 2, já é possível encontrar muros pintados, um acesso mais facilitado com brita, iluminação por toda a extensão do cemitério. E os planos para o próximo ano contemplam reformar a capela, criar um novo muro de contenção, entre outras renovações.
Uma das novidades desse ano, que Maria do Carmo comenta orgulhosa, é o novo espaço disponível para religiões de matriz africana poderem executar rituais. Entendeu-se que essa atitude seria uma forma de dar oportunidade e abertura para outras crenças terem lugar para celebrações, por isso, em agosto de 2022 inauguraram o Espaço Quimbandeiro. Para a utilização, é necessário um pré-agendamento junto da Prefeitura de Torres.