Com a pressão institucional sobre as forças de segurança, o terceiro dia de bloqueios ilegais nas rodovias teve redução nos pontos de interrupção do tráfego. O dia foi marcado também por manifestações antidemocráticas na frente de quartéis em vários estados. Inconformados com a derrota do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), tanto nas estradas como na frente das casernas, manifestantes pediam “intervenção militar com Bolsonaro no poder”.
A desocupação das estradas não está sendo tranquila. No Rio de Janeiro e em São Paulo, tropas de choque da Polícia Militar foram acionadas para desmontar os bloqueios. Na rodovia Castelo Branco, que liga a capital paulista a Sorocaba (SP), a polícia usou jatos d’água, gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes, que, logo após a dispersão, voltaram a se agrupar em outro ponto da estrada. Alguns foram aos protestos levando crianças de várias idades, inclusive bebês.
Nas rodovias federais, de acordo com comunicado da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os pontos de interdição caíram de 227 em 22 unidades da Federação, na terça-feira, para 126 em 13 estados no início da noite de ontem. A situação mais delicada estava em Santa Catarina, com 35 ocorrências, sendo 18 de bloqueio total da via. Segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), no fim do dia de ontem ainda havia 110 pontos de bloqueio nas 44 rodovias concedidas associadas — 22 com fechamento total da estrada — e 167km de engarrafamentos.
Fonte: Correio Braziliense