Desde 2008, a Prefeitura de Torres, por meio de licenciamento da FEPAM, faz o manejo de dunas para reduzir o conflito da urbanização com esses ecossistemas. Além da supressão das Casuarinas, espécie exótica invasora que atua impedindo o estabelecimento de vegetação nativa ao seu redor, a Prefeitura realiza o plantio de margarida-das-dunas, espécie nativa que traz inúmeros benefícios para esse ecossistema. Só nesse ano, cerca de 7000 mil mudas já foram plantadas na Praia Grande.
Essa espécie atua desde a fixação de dunas, impedindo a movimentação de areia sobre os equipamentos urbanos, mas também na disponibilidade de alimentos para invertebrados, no microclima desse ambiente – que abriga uma fauna diversa, como lagartinho das dunas, piru-piru, entre outros – e embeleza nossas dunas com seu amarelo vibrante.
Conforme a secretária do Meio Ambiente e Urbanismo, Fernanda Brocca, é comum que as pessoas confundam que a vegetação é aquela que tem porte de “árvores”, mas desconhecem que nem todos os ecossistemas possuem vegetação de porte arbóreo naturalmente. A vegetação rasteira, conhecida como herbácea, é a que se estabeleceu nas dunas frontais ao longo da evolução, pois nesses ambientes há uma série de fatores que limitam seu crescimento como: salinidade, exposição solar e incidência de ventos. Cabe ressaltar que a fauna está acostumada com a vegetação nativa e que a substituição por exótica podem tornar esses ecossistemas, ambientes vazios, sem sua fauna associada.
Fonte: ASCOM Prefeitura de Torres