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Mais 127 guarda-vidas civis começarão a atuar no Litoral a partir de segunda-feira 

por Maria Stolting
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Mais 127 guarda-vidas civis passarão a atuar em ações de prevenção e salvamento no Estado a partir da próxima segunda-feira (9).  O novo grupo inicialmente era de 144, porém houve uma redução de 17 pessoas em razão de desistências e reprovações no processo de certificação, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CRBMRS).

— A maioria reprova no mar pelas condições e pela corrente de retorno. Nós costumamos aproveitar esse aluno em águas abrigadas, que é onde ele tem um rendimento melhor. Desse grupo novo, 32 vão ficar nessas águas e vão nos ajudar a abrir balneários no interior do Estado, que estão fechados — esclarece chefe de operações do CBMRS, tenente-coronel Isandré Antunes. 

Atualmente, a Operação Verão conta 837 guarda-vidas na ativa distribuídos pelo Litoral Norte (651), Sul (123) e águas abrigadas (63). Desse total, 262 são civis que já trabalharam em anos anteriores e fizeram um curso de atualização e iniciaram no período de Natal.

Apesar da previsão de 1.004 guarda-vidas atuando neste verão, o total ficará menor, com 964. O efetivo é semelhado à operação de 2021/2022, que contava com 966. Para este ano, não haverá mais entrada de civis. A mudança do número ocorreu em decorrência de desistências anteriores ao começo da formação.

Nos últimos dias, GZH circulou pela região entre Capão da Canoa e a praia de Atlântida e encontrou guaritas que estavam vazias, o que gera apreensão de veranistas que costumam ficar sempre no mesmo local. 

—É a primeira vez que eu vejo sem ninguém. No dia 26, estava até a casinha antiga toda interditada, aí eles tiraram e trouxeram essa estrutura. A gente sempre fica preocupado, por mais que os meninos entrem no mar com um adulto  — diz a médica Carolina Medaglia, 43 anos, mãe de dois garotos, de seis e oito anos.

A família estava instalada na manhã desta quinta-feira (5) na praia de Atlântida, entre duas guaritas de madeira que estavam sem a presença de guarda-vidas. O monitoramento fixo voltava a ocorrer nos postos seguintes, em ambos os lados. 

— Nós entendemos as pessoas e, obviamente, que todo mundo gostaria de ter uma segurança, assim como na rodovia, com um policial rodoviário a cada quilômetro, mas é humanamente impossível. Nós não temos capacidade para atender todos os 555 quilômetros do litoral gaúcho, então é preciso que a população contribua e nos auxilie — enfatiza Antunes, que orienta os banhistas a procurarem as áreas de cobertura. 

Conforme mostrou GZH também nesta quinta-feira, das 209 guaritas do Litoral Norte, 19 ainda estão sendo reconstruídas.  De acordo com o tenente-coronel Antunes, nos locais em que a estrutura ainda não está pronta, o serviço está sendo executado na modalidade volante.

Para uma guarita ser ativada, o local precisa ser público e balneável. Além disso, o posto precisa estar com condições adequadas e é necessário no mínimo uma dupla de guarda-vidas. Já para ser desativada, o critério é não ter havido óbitos na região da guarita nos últimos cinco anos, não ter salvamento nas últimas três operações e, na temporada anterior, não ter registro de mais do que cem ações preventivas, o que indica que a área é menos frequentada. 

— Hoje o critério número um é o da instalação. Se a guarita não oferece segurança e está em reforma, eu deixo desativada até que tenha condições — ressalta Antunes. 

Como alternativa para aumentar a cobertura, os Bombeiros estão ampliando a quantidade de guaritas no modelo permanente, que são as que ficam com supervisão ininterrupta da manhã até o começo da noite (veja mais abaixo). No entanto, essa modalidade exige quatro guarda-vidas por posto de salvamento. A operação também avalia quais são os hábitos dos veranistas de cada praia para traçar a melhor estratégia.

Fonte: GZH