A cada temporada de veraneio, cidadãos das praias do Sul de Torres e de bairros afastados do Centro, reclamam a ineficiência do recolhimento do lixo doméstico.
Segundo a moradora da praia Itapeva, Naira Maria Ferreira, o recolhimento dos detritos durante o verão mantém a mesma periodicidade da baixa temporada, sendo que na alta temporada a população aumenta significativamente. O que já não é observado no Centro da cidade, onde o serviço dá melhor assistência à população com o recolhimento mais efetivo.
Naira acredita e sugere ao governo municipal que se busque uma nova metodologia de coleta, modelos mais modernos, como os que ocorrem em outros países, citando Portugal. Lá containers são distribuídos nos bairros onde a população previamente coloca seus resíduos separadamente (seco, orgânico, metal, vidro etc.). Segundo Naira, a coleta atual está defasada com sacos de lixos que se acumulam nas esquinas, sendo espalhados por animais domésticos e favorecendo pragas e doenças.
O tema levanta descontentamento também pela taxa cobrada junto ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), em que a taxa de lixo é cobrada a partir da metragem do imóvel principal do contribuinte, independente se mora no Centro, onde se concentram imóveis com maior valorização comercial, nas praias do Sul ou bairros com população em maior vulnerabilidade social.
Portanto, todos pagam o mesmo valor, havendo apenas um redutor se o imóvel for maior que 500m2. Em 2023, o valor cobrado é de R$ 3,85 por m2. Esse valor corresponde a 0,009% da Unidade Fiscal Municipal (UFM). O caso de imóvel maior que 500m2 fica 0,00225% da UFM. O valor de uma (01) UFM atualmente é de R$ R$ 428,2998. Esses índices estão previstos por lei, no Código Tributário e na Lei Complementar 96/2020 do Município de Torres.
