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Histórias que inspiram: mãe adota quatro crianças e relata a trajetória e os desafios desta missão de amor

por Maria Stolting
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Na manhã desta quinta-feira, 16, o programa Revista Maristela teve uma pauta especial. Glênia Scarduelli é mãe de quatro filhos que chegaram na família pela adoção. Ela e o marido, que estão juntos há oito anos hoje são pais de quatro irmãos. Glênia ao ser questionada do porquê de sua escolha, destaca que não existe uma resposta concreta. “Simplesmente as coisas vão acontecendo e entendemos que era isso que íamos viver, abraçamos esse desejo que sempre tive”, salienta. Decididos o casal iniciou os trâmites legais conforme a lei, uma vez que, o processo de adoção no país mudou nos últimos anos. Ainda segundo Glênia: “algumas pessoas ficam resistentes a adoção pela demora por conta da burocracia, mas é a melhor forma, pois assim se protege a família e as crianças”, explica.

O processo de adoção tem várias etapas, entre elas, o preenchimento do perfil do filho desejado. Durante a entrevista, a mãe explicou que quanto mais específico o perfil maior é a demora, até atender as exigências dos pais adotivos. “Por isso, as vezes as contas não fecham, pois a maioria das pessoas habilitadas preferem crianças pequenas e o que mais temos no Brasil são crianças maiores com seus irmãos. Nós tínhamos o perfil de uma criança e um irmão mais velho, porém ao longo do caminho houveram mudanças que nos fizerem repensar e abrir o coração a uma nova possibilidade”, relata.

Na ocasião, a mãe explicou ainda que antigamente a adoção era uma opção somente para mulheres que não podiam gestar, mas hoje o perfil familiar está mudando muito e por consequência o olhar das pessoas para as adoções. Ainda segundo Glênia, uma das resistências em querer crianças mais velhas é que elas já vêm com vivências, mas é preciso lembrar que essas crianças querem e precisam de um novo lar e uma nova família, assim elas também se dispõem a novas rotinas, valores e aprendizados. “Meus filhos chegaram com histórias e devemos respeitar isso, nosso papel é completar a história deles e não os fazer esquecer, acolher suas dores para que seja algo saudável”, destaca.  

Quatro é um número que impressiona as pessoas, diz a mãe sobre a adoção, mas hoje ela diz que não se veem mais sem os seis em casa e que aos poucos a sociedade tem aceito melhor a sua decisão. “Existe um programa chamado Busca Ativa, sempre me chamou a atenção e depois que fomos habilitados comecei a utilizar a ferramenta e encontrei eles, na hora soube que seriam eles os meus filhos, a conexão foi instantânea, estamos juntos há sete meses, acredito que foi um reencontro”, relata. Emocionada, ela relembra o dia que se encontraram pela primeira vez, porém não é somente o lado bom, existe a adaptação, criar os vínculos, mas o que se constrói não muda do filho biológico e do filho adotivo. “Somos um time e queremos vencer, o amor cura e transforma”, diz a mãe sobre o caminho até aqui. Muitas coisas mudaram na vida do casal, mas toda a mudança foi feita com alegria e amor.