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Bioinsumos poderão ser usados na produção agroecológica da região

por Anderson Weiler
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Na semana passada em Ipê, na Serra Gaúcha, três representantes do núcleo regional da Rede Ecovida de Agroecologia participaram de uma formação sobre o uso de microrganismos para melhorar a produção agrícola.  Especialmente na agricultura orgânica, em diferentes biofertilizantes, os fungos, bactérias e leveduras sempre desempenharam funções como a regeneração do solo, proteção dos cultivos, das mudas e até das sementes.

A diferença agora é que a pesquisa agrícola conseguiu identificar e isolar os microrganismos mais benéficos para as plantas e utilizá-los como ingredientes principais dos chamados bioinsumos. Em Ipê, o agricultor Marcos Mosquer estruturou uma biofábrica onde já produz 11 biofertilizantes a partir de bacilos adquiridos e multiplicados.

Para o técnico Joaquim Martins da Rosa, que junto com o colega Gabriel Meirelles do Centro Ecológico e o agricultor Natan Fernandes representaram o Núcleo Litoral Solidário, o principal desafio é a multiplicação desses microrganismos puros. “A grande sacada é multiplicar, colocar meios de cultura, assepsia, controle de temperatura. É isso que o Marcos tem feito com o objetivo de ter um trabalho sob demanda para a atuação destes bioinsumos no Núcleo Serra Gaúcha com o apoio da Econativa e o suporte de dois jovens que estão atuando nesta temática”.

Projeto para fortalecer soluções sustentáveis

A Formação em Bioinsumos foi uma das oficinas viabilizadas pelo projeto Innova Ecovida, da Fundação Luterana de Diaconia (FLD) com a Rede Ecovida de Agroecologia. O site da FLD informa que o objetivo do Innova, apoiado pela União Europeia, é “fortalecer os processos de inovação sustentáveis liderados por pessoas agricultoras e suas organizações”. A formação em Ipê teve também o apoio da cooperativa Econativa, Centro Ecológico, cooperativa de crédito Cresol – que apoia o Innova no Brasil -, entre outros apoiadores.

Outros encontros como este, no âmbito do Projeto Innova foram e serão realizados em outros núcleos da Rede Ecovida, todos com um viés de pesquisa, dentro de quatro eixos de trabalho: bioinsumos, sistema de plantio direto de hortaliças (SPDH), mudas e sementes.

Fonte: Ascom Centro Ecológico DPA

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