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Já é possível avistar baleias-francas no Litoral Norte gaúcho e Sul catarinense

por Melissa Maciel
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A migração para o Sul do Brasil é anual, durante os meses de junho a início de outubro.

As baleias do tipo costeiras, especialmente, a da espécie franca, já estão chegando no Litoral Norte gaúcho e no Sul catarinense para a temporada de visitação 2023. Outra espécie possível de ser avistada é a baleia-jubarte, porém mais rara de ser observada, pois prefere águas mais profundas, enquanto que a baleia-franca é vista logo depois da arrebentação.

Em entrevista para a Rádio Maristela, o coordenador científico do Projeto Farol das Baleias, biólogo Daniel Danilewicz, explica que o período de avistamento das baleias é de junho até início de outubro. Abrindo a temporada deste ano, três baleias adultas foram avistadas do Morro do Farol em Torres na terça-feira, 13/06.

O especialista explica que as baleias levam cerca de um mês e meio de viagem entre a região de águas mais geladas do polo Sul, até a região de águas mais temperadas e quentes no Litoral Norte gaúcho e Sul catarinense, para parir e cuidar de seus filhotes, considerando a região como um verdadeiro berçário. Também as baleias procuram o Sul do Brasil para acasalar. Durante o período de migração, as baleias ficam em jejum. A alimentação delas, de maneira geral, se dá nas águas geladas do polo Sul.

Uma baleia-franca adulta fêmea, que é maior do que o macho, pode chegar a 17 metros de comprimento e mais de 50 toneladas. Além disso, a baleia-franca é mais escura do que a baleia-jubarte e não possui nadadeira dorsal, sendo lisa na parte superior.

O Projeto Farol das Baleias

O Projeto Farol das Baleias foi criado em Torres e, atualmente, se estende também com pesquisadores em Santa Catarina e parcerias com outras instituições, com o objetivo de monitoramento dos animais marinhos para fins de pesquisas acadêmicas e científicas. Torres é a cidade que se destaca por possuir morros próximo do mar, facilitando que a população e pesquisadores avistem os gigantes do mar a olho nu. Porém o Projeto Farol das Baleias tem ênfase em drone-monitoramento, usando a tecnologia para se aproximar dos animais e fotografar suas cabeças e dorso, identificando assim os animais.

“Tirando uma fotografia da cabeça da baleia-franca é possível identificar de que animal se trata. Dá para dar um nome e número se quisermos. Por isso o uso do Drone, pois nos facilita a identificação e monitoramento por onde ela passar. Cada indivíduo tem na cabeça um padrão de calosidade, de coloração branca, que é a impressão digital da baleia-franca, tornando-as únicas. Nenhuma é igual a outra no planeta”, explica Daniel.

Com o uso de fotos tiradas da mesma baleia em diferentes pontos da Costa brasileira, é possível determinar a sua velocidade e permanência em determinado local. O pesquisador conta que na temporada do ano passado, uma baleia permaneceu por 45 dias com seu filhote na praia de Itapeva, em Torres. Um dos locais com muitas baleias nesse período do ano.

“Uma das primeiras baleias avistadas no dia 13 de junho deste ano em Torres, com compartilhamento de suas fotos entre parceiros de pesquisa, concluímos que o mesmo indivíduo foi avistado cinco dias antes na costa do Uruguai, fazendo 100Km por dia até chegar em Torres. O animal seguiu se deslocando para o norte, chegando em Imbituba/SC no dia 20/06.

A boa notícia, de acordo com o pesquisador, é que a população de baleias-francas tem aumentado no mundo inteiro, sendo assim, aumenta também o número de animais marinhos dessa espécie no Litoral Norte gaúcho, especialmente em Torres. O melhor local para se avistar as baleias na cidade é o Morro do Farol.

Conheça mais sobre o projeto Farol das Baleias em: https://www.instagram.com/faroldasbaleias/

Confira a íntegra da entrevista sobre o assunto:

https://www.facebook.com/radiomaristela/videos/515739184020912/

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