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EMEI da Vila São João está em obras há três anos em Torres

por Anderson Weiler
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“Estamos a três anos sem turno integral”, diz mãe de aluno

A obra da construção da nova EMEI São Francisco de Assis, da Vila São João, em Torres, foi anunciada em 2020 e celebrada pela comunidade. Três anos após o início das obras, a construção se tornou um pesadelo para os pais e responsáveis das crianças.

A primeira fase da obra foi realizada pela empresa que venceu a primeira licitação, realizada antes da pandemia de Covid-19, mas com a chegada da doença que praticamente parou o mundo, os preços dos materiais dispararam, fazendo com que a empresa não conseguisse cumprir com o contrato, que foi encerrado e nova licitação foi aberta no final de 2022.

Fachada da nova EMEI, conforme projeto

No inicio do ano letivo de 2023 a empresa vencedora da nova licitação foi apresentada e conforme o novo contrato, teria 12 meses para entregar a construção. Porém, alguns meses após vencer a licitação e iniciar os trabalhos, a mesma vem sendo notificada pela prefeitura. Primeiro por seus funcionários não estarem usando equipamento de proteção adequado. Depois, os trabalhadores da obra não compareceram ao trabalho por falta de pagamento.

Após esses episódios, o Secretário da Educação de Torres, Alexandre Porcatt, realizou uma reunião com a Comissão Fiscalizadora da Obra, formada por pais e com o Círculo de Pais e Mestres (CPM) para informar essa situação.

Conforme uma mãe, que não quis se identificar, Porcatt informou que a prefeitura está fazendo a sua parte, na forma legal e estão buscando o melhor para a comunidade. Porém, essa mesma mãe, diz que a comunidade não tem turno integral desde o início da obra.

“Estamos desde 2020 sem turno integral. Quando questionamos, eles (a prefeitura) dizem que nossos filhos estão na escola, mas não pensam que no turno em que nossos filhos não estão na escola, temos que pagar alguém para cuidar deles e muitos tiram esse dinheiro da comida do mês da família, isso é triste. É uma obra que não anda”, afirma ela.

A mãe explica que os pais entendem todo o processo do aumento de preços pós pandemia, que a empresa não conseguiu seguir com a obra e que juridicamente a prefeitura está fazendo o possível, mas salienta que falta dialogo por falta do executivo torrense e que alguns pais até estão deixando a comissão e o CPM por cansaço.

“Tivemos algumas reuniões com o secretário, mas nada de concreto foi nos passado. Quando falamos em data, nenhuma foi cumprida. Tivemos alguns pais que estão deixando a comissão e o CPM por cansaço, inclusive na última reunião o secretário foi extremamente grosseiro com uma mãe e ela já nos comunicou que nos deixará também. Parece que não querem nos que cobramos”, diz a mãe.

Em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura de Torres, a mesma informou que fez as notificações cabíveis para que o contrato seja cumprido e que demais manifestações estão no site da prefeitura.

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