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“Põe a semente na terra, não será em vão!” é o tema do artigo “A Voz do Pastor” do bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl

por Melissa Maciel
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“O caminho seguro e certo é não se preocupar com a colheita, plantando para o irmão. Pode parecer estranho, mas é assim mesmo. Faz parte dos paradoxos do Evangelho: é dando que se recebe, é morrendo que se vive. É plantando para o outro que o nosso regaço vai ficar cheio”, destaca o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, em seu artigo “A Voz do Pastor” publicado hoje, com o título “Põe a semente na terra, não será em vão!”.

É possível acompanhar a reflexão por meio do programa “A Voz do Pastor”, na Rádio Maristela, aos domingos, às 8h50min da manhã.

Confira o artigo na íntegra:

Põe a semente na terra, não será em vão!

“Põe a semente na terra não será em vão, não te preocupe a colheita, plantas para o irmão”. Quem não lembra desse refrão cantado em nossas comunidades? O evangelho deste final de semana nos apresenta a parábola do semeador. O semeador é uma pessoa de esperança, alguém que acredita no futuro. A atividade de semear é uma ação humano-divina que exige confiança. Supõe um trabalho cuidadoso, o preparo da terra, a seleção da semente, lançá-la no tempo certo, regar e esperar que germine, cresça, amadureça até chegar aos frutos desejados.

Esse trabalho simples do agricultor-Deus que semeia a boa semente nos corações das pessoas é continuo, faça chuva ou faça sol, de dia ou de noite. Ele continua passando e semeando sua Palavra, convidando ao seguimento. E como nos encontra?

Alguns distraídos, alienados, sonhando com coisas que nunca vão se realizar (as sementes que caíram ao longo do caminho). Outros andam entulhados de coisas materiais, apaixonados pelo consumismo (as sementes que caíram entre espinhos). Há também aqueles que se deixam comandar pelas novelas, que acham que tudo no mundo é um romance e diante da primeira dificuldade caem no desespero (as sementes que caíram em terreno pedregoso que ao primeiro sol logo secam).

Graças ao bom Deus, temos também gente séria, coerente, autêntica, dedicada a servir os outros, amante da verdade, capaz de lutar por vida digna, respeito pelas pessoas e por justiça social (as sementes caídas em terreno bom, produzindo 30, 60 ou 100 por um).

O terreno no povo brasileiro é bom. E como a semente, a Palavra de Deus, é sempre boa e eficaz, o encontro dessas duas bondades só pode produzir bons frutos. O que compete a todos nós é semear a Palavra, evangelizar.

Retomando nosso refrão “põe a semente na terra, não será em vão, não te preocupe a colheita plantas para o irmão”, equivale a afirmar que plantando para o irmão, com desprendimento e amor, a colheita será abundante.

Vamos juntos semear a boa semente que Deus nos deu – o seu Filho amado – que o mundo todo vai ficar saciado e contente, porque somente quem Dele comer, nunca mais terá fome, quem Dele beber, nunca mais terá sede e tornar-se-á uma fonte de água viva que jorra para a vida eterna.

O caminho seguro e certo é não se preocupar com a colheita, plantando para o irmão. Pode parecer estranho, mas é assim mesmo. Faz parte dos paradoxos do Evangelho: é dando que se recebe, é morrendo que se vive. É plantando para o outro que o nosso regaço vai ficar cheio. “Põe a semente na terra não será em vão, não te preocupe a colheita, plantas para o irmão”.

Para refletir: Que lições posso tirar para a minha vida da parábola do semeador? Em que tipo de terreno me encontro? Que frutos produz em mim a Palavra de Deus?  Que tipo de semente ofereço aos meus irmãos e irmãs de convivência?

Textos bíblicos: Is 55,10-11; Rom 8,18-23; Mt 13, 1-23; Sl 64(65).

Fonte: Diocese de Osório

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