Junto com mais de 150 mil mulheres, agricultoras e técnicas do litoral norte participaram da 7ª Marcha das Margaridas, nos dias 15 e 16 em Brasília. Além da mobilização, das oficinas e da troca de experiências com mulheres de todo Brasil, a comissão organizada pela Regional Sindical Litoral encaminhou documentos com propostas para melhorar a economia e a qualidade de vida na região.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Torres, Diana Justo, conta que participaram com duas pautas, uma relacionada ao território, que é o turismo rural, e a outra a questão da mulher, do seu espaço, de nenhum direito a menos.
O documento relacionado ao turismo rural foi entregue ao deputado Carlos Veras, da Comissão de Turismo na Câmara Federal. “Agora a gente vai monitorando e colocando em prática para que esse nosso documento possa de fato ser efetivado”, reforça Diana.
Conforme a dirigente, a maior parte da Comissão Regional Litoral era de mulheres que iam pela primeira vez à maior ação de mulheres da agricultura familiar, das florestas e das águas da América Latina, que voltaram para suas comunidades muito motivadas a “fazer as coisas acontecerem por aqui”.
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Expectativa
Entre as estreantes, a agricultora Nara Martins da Rosa, uma das primeiras ecologistas na região, mas que só agora teve oportunidade de participar, relatou que estava apreensiva sobre o que iria encontrar.
“Foi uma coisa maravilhosa, nunca imaginei passar por isso. Estava nervosa, não sabia como é que ia ser, mas foi tudo muito bom. Eu nunca tinha viajado assim tão longe de ônibus, mas foi muito bom. E aquela companheirada toda na troca de experiências, gente de outros lugares. E ainda fica um monte de coisa que a gente não conseguiu participar porque não nos damos conta, né?”, afirma Nara.
A visita ao Senado Federal foi uma das atividades que marcou a agricultora. “Fomos convidadas para ir lá no Senado e eu não pensei duas vezes. A gente entrou naquele espaço onde eles decidem a vida dos brasileiros. Então, foi muito legal a gente vivenciar aquilo ali, entrar dentro do Senado e ver como é que foi toda aquela experiência ali”, partilha a agricultora.
Inspiração em Margarida Alves
A cada quatro anos, inspiradas pela líder sindical assassinada por latifundiários, Margarida Alves, as agricultoras familiares, trabalhadoras do campo, das florestas e das águas, se reúnem em Brasília numa marcha que mostra como as mulheres estão se organizando em diferentes territórios brasileiros.
Fonte: Ascom do Centro Ecológico
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