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Dom Jaime Pedro Kohl exorta a não fechar os corações para ouvir a voz de Deus

por Melissa Maciel
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Em seu mais recente artigo, dom Jaime Pedro Kohl, bispo da Diocese de Osório, faz um apelo à reflexão sobre a importância de manter os corações abertos para ouvir a voz de Deus em meio ao tumulto da vida moderna. O artigo destaca o Salmo 94, que convida à escuta atenta e à não repetição dos erros do passado.

Dom Jaime destaca o desafio contemporâneo de discernir a voz divina em meio ao dilúvio de informações, distrações e mensagens cotidianas. Ele chama a atenção para a tendência de endurecer os corações, tal como ocorreu com o povo de Israel, que rapidamente esqueceu as maravilhas de Deus.

O bispo faz um apelo para que as pessoas se questionem sobre que vozes estão realmente ouvindo e se estão sendo sensíveis às necessidades dos menos afortunados. O artigo encerra com a esperança de que, ao mantermos nossos corações abertos e ouvirmos a voz de Deus, nossa vida se tornará mais plena e feliz.

Você pode acompanhar essas profundas reflexões sintonizando-se no programa “A Voz do Pastor”, na Rádio Maristela, aos domingos, às 8h50min da manhã.

Confira o artigo na íntegra, em:

Não fecheis o vosso coração

O Salmo 94 faz um convite muito singelo e de forma muito respeitosa a Israel: “Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba, como em Massa no deserto, aquele dia, em que outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto as minhas obras”. Me chamou atenção esse jeito de falar e o trago para a nossa reflexão.

Esse: “Oxalá ouvísseis hoje a sua voz” soa como um apelo feito a cada um de nós que andamos entulhados com tantas palavras, imagens, sons, cantos, acontecimentos e mensagens que nos chegam de todos os lados. No meio disso tudo onde fica a voz de Deus? Onde e como escutar essa voz?

A exortação: “Não fecheis os corações como em Meriba, como em Massa, no deserto, aquele dia, apesar de terem visto as minhas obras”, também nos faz pensar. O povo de Israel tinha presenciado tantas manifestações que Deus estava e caminhava com ele. Basta pensar na passagem da escravidão para a liberdade. Com quanta rapidez e esqueceu as obras de Deus! Só lembra as cebolas do Egito.

Com podemos traduzir esse convite a não fechar os nossos corações? Ou será que isso não é problema nosso? Devemos reconhecer que tanto dentro como fora da Igreja encontramos pessoas sensíveis e de coração aberto às situações de necessidade das pessoas. Mas, quantos corações trancados, endurecidos e que nem estão aí com a miséria e o sofrimento de muitos irmãos e irmãs.

Talvez, seja importante perguntar-nos: que vozes estamos escutando? É voz de Deus que ressoa na liturgia, na proclamação da Sagrada Escritura, no silêncio interior de nossa consciência ou as falsas notícias que vendem gato por lebre, com o único interesse em tirar proveito próprio e sem nenhum escrúpulo?

Que o bom Deus, não permita que fechemos o nosso coração, mas arranque de nós o coração de pedra e nos dê um novo coração de carne, onde habita Deus e tem lugar os pobres e pequeninos, os prediletos do Pai. Não fechemos nosso coração e ouçamos a voz de Deus, então nossa vida será muito mais feliz.

Fonte: Ascom Diocese de Osório

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