O pleito está marcado para 06 de outubro de 2024 e os 31.518 eleitores de Torres definirão a nova gestão municipal.
A apenas um ano das eleições municipais, as movimentações políticas já estão em pleno andamento em Torres. Os partidos e líderes políticos começaram a traçar estratégias e a construir alianças em busca da formação de candidaturas.
A grande incógnita que paira atualmente sobre a cidade é: quem será o próximo prefeito de Torres?
A partir das entrevistas realizadas na Rádio Maristela entre abril e maio de 2023, com os presidentes dos partidos, e em recentes sondagens junto às lideranças políticas, já surgem nomes como possíveis candidatos.
Situação
O atual prefeito, Carlos Souza, que já conquistou dois mandatos consecutivos, parece já ter um sucessor em mente. Nasser Samhan, empresário e presidente do Partido Progressista (PP), surge como favorito dentro da legenda. A filiação de Carlos Alberto Monteiro, conhecido como “Tubarão,” ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), partido que sempre apoiou o governo de Carlos Souza, parece colocá-lo como vice na chapa.
Além de Nasser, outros nomes da base governista correm por fora, como Fábio Amoreti, vice-prefeito nos dois mandatos, e os vereadores Gibraltar Vidal (Gimi), Carla Daitx e Rafael Silveira, assim como os secretários municipais, como Matheus Junges, Mauro Dias (Maurinho) e Júlio Agápio.
Nasser Samhan, ao ser questionado como candidato a prefeito de Torres, declarou, tão somente: “Estou à disposição do meu partido, o PP. Tubarão está filiado a outro partido, o PSDB, e tem sua própria autonomia para tomar decisões. Estamos, com certeza, conversando com vários partidos para formar uma coalizão para o próximo pleito, e desejamos a parceria do PSDB. Em breve, teremos a pré-convenção do PP e pretendemos alinhar o nome para a sucessão do prefeito Carlos. O PP, com certeza, terá um candidato a prefeito.”
Oposição
Por outro lado, a oposição em Torres está buscando unir forças para apresentar um desafio sólido. Recentemente, reuniões foram sido realizadas com o objetivo de aproximar os partidos e entender a visão dos líderes sobre a atual situação de Torres. João Alberto Machado Cardoso (MDB), ex-prefeito da cidade por dois mandatos, entre 2004 e 2012, está articulando esse bloco partidário. Apesar de residir em Porto Alegre, João Alberto tem dedicado os últimos meses para fortalecer o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em Torres e dialogar com lideranças de diversos partidos. Segundo ele, o MDB, que estava enfraquecido no início do ano, já conta com uma boa lista de possíveis candidatos.
O vereador Moisés Trisch, que se destacou como uma das principais vozes de oposição ao governo de Carlos Souza, é considerado um candidato, embora ainda não tenha unanimidade dentro de seu partido. Além disso, o bombeiro França, que obteve uma boa votação em Torres na última eleição para deputado federal, filiou-se ao Republicanos e é mencionado como possível candidato ao executivo municipal pelo partido.
Moisés explica que a intenção é constituir com esses partidos (PDT, PSB, PSOL e REDE) um bloco de esquerda. “Esse bloco tem conversado também com MDB e Republicanos. A intenção é, então, construir um bloco mais amplo, com todos os partidos que não sejam base da atual administração do PP, de forma a ter uma única candidatura de oposição. Entretanto uma coligação de maneira formal ainda depende do aval de cada um dos partidos”, conta Moisés.
Há incertezas quanto à capacidade da oposição em construir uma coalizão eficaz, considerando as diferenças entre os partidos envolvidos. João Alberto explica: “Em uma reunião, ficou evidente que a prioridade não se resume em encontrar uma lista de candidatos para a eleição majoritária, mas sim na criação de um projeto sólido para a cidade de Torres, e um nome surgirá a partir de uma série de reuniões deste Bloco.”
Nomes fortes
Neste momento, a um ano das eleições, do lado da situação, temos como possíveis pré-candidatos a prefeito e vice: Nasser e Tubarão ou Nasser e Rafael Silveira. Na oposição, apesar dos esforços para formar um bloco partidário, ainda é prematuro dizer se isso vai acontecer. Quanto a nomes, não podemos descartar, João Alberto (MDB), Delci Dimer (MDB), Igor Bereta (MDB), Moisés Trisch (PT), André Pozzi (PDT) e Bombeiro França (Republicanos).
Além disso, muitos partidos ainda não se posicionaram sobre apoio à situação, se vão para oposição ou se seguirão com candidatura própria, casos do União Brasil, PL, PSD, PSB, Podemos e Patriotas.
Com um ano pela frente até as eleições de 2024, muitas incertezas ainda pairam sobre o cenário político de Torres. No entanto, uma certeza é clara: Carlos Souza deixará a prefeitura em 31 de dezembro de 2024, após dois mandatos.
Novas regras
Mesmo sem a aprovação da “minirreforma” a tempo de valer para as eleições municipais de 2024, é certo que haverá inovações, em razão de normas aprovadas anteriormente. A principal delas é a estreia das federações partidárias nas eleições municipais, que impõem que os partidos lancem uma candidatura única a prefeito, formem a mesma chapa para vereador e sigam unidos depois da eleição. Outra novidade confirmada é a redução do número de candidatos a vereador.
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