Nesta semana, o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, convida os fiéis a refletir sobre a importância da Missão e do encontro com Cristo na Eucaristia. Em sua reflexão intitulada “Seus olhos se abriram”, dom Jaime nos lembra do episódio dos discípulos de Emaús, que, ao partilharem o pão com o misterioso Viandante que encontraram no caminho, tiveram seus olhos abertos e reconheceram Jesus.
O Bispo destaca o elemento crucial desse encontro: a sequência de ações de Jesus ao tomar o pão, pronunciar a bênção, partilhá-lo e dá-lo aos discípulos. Quando os discípulos reconheceram Jesus, Ele desapareceu, mas Sua presença tornou-se mais intensa em seus corações, impelindo-os a compartilhar a experiência do encontro com o Ressuscitado com os outros.
Dom Jaime sublinha que a partilha do pão material com os necessitados em nome de Cristo já é um ato missionário cristão. No entanto, a partilha do Pão eucarístico, que é o próprio Cristo, é o ápice da ação missionária, pois a Eucaristia é a fonte da vida e da missão da Igreja.
Essa reflexão semanal do bispo convida os leitores a contemplar a importância da Missão e do compartilhamento da Eucaristia na vida da Igreja e no mundo.
Você pode acompanhar essas profundas reflexões sintonizando-se no programa “A Voz do Pastor”, na Rádio Maristela, aos domingos, às 8h50min da manhã.
Confira a íntegra:
Seus olhos se abriram
Deixando que a mensagem do papa Francisco continue a nos provocar para a Missão, escutemos com carinho sua reflexão e deixemos que abra nossos olhos e possamos reconhecer Aquele que caminha conosco.
“Os corações ardentes pela Palavra de Deus impeliram os discípulos de Emaús a pedir ao misterioso Viandante que ficasse com eles ao cair da tarde. Encontrando-se à mesa, seus olhos abriram-se e reconheceram-No quando Ele partiu o pão.
O elemento decisivo que abre os olhos dos discípulos é a sequência de ações de Jesus: tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu-lhe. No momento em que reconheceram Jesus, desapareceu da sua presença. Este fato faz compreender uma realidade essencial da nossa fé: o Cristo que parte o pão, torna-Se agora o Pão partido, partilhado com os discípulos e depois consumido por eles. Tornou-Se invisível, porque agora entrou dentro do coração dos discípulos para fazê-los arder ainda mais, impelindo-os a retomar sem demora o seu caminho para comunicar a todos a experiência única do encontro com o Ressuscitado!
Se o simples repartir o pão material com os famintos em nome de Cristo já é um ato cristão missionário, quanto mais o será repartir o Pão eucarístico, que é o próprio Cristo. Trata-se da ação missionária por excelência, porque a Eucaristia é fonte e ápice da vida e da missão da Igreja.
«Não podemos reservar para nós o amor que celebramos neste sacramento da Eucaristia: por sua natureza, pede para ser comunicado a todos. Aquilo de que o mundo tem necessidade é do amor de Deus, de encontrar Cristo e acreditar n’Ele. Por isso, a Eucaristia é fonte e ápice não só da vida da Igreja, mas também da sua missão: uma Igreja autenticamente eucarística é uma Igreja missionária».
Cultivando amorosamente a comunhão com Cristo, o discípulo missionário pode tornar-se um místico em ação. Que o nosso coração anele sempre pela companhia de Jesus, suspirando como os dois discípulos: «Fica conosco, Senhor!». Que o missionário do Pai cure nossas cegueiras e ajude-nos a enxergar o compromisso missionário de cada cristão e Igreja local.”
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