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Impasse no pagamento dos profissionais da saúde pode levar à restrição nos atendimentos nos hospitais de Capão da Canoa e Torres a partir do dia 20

por Anderson Weiler
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A alteração unilateral na data do pagamento dos médicos que atuam via pessoa jurídica nos hospitais Santa Luzia (HSL) e Nossa Senhora dos Navegantes (HNSN), de Capão da Canoa e Torres, levou os profissionais a decidirem pela restrição nos atendimentos eletivos e consultas ambulatoriais. A medida passa a valer a partir do dia 20 de novembro, caso o pagamento da remuneração referente ao mês de outubro não ocorra conforme firmado com a Associação Educadora São Carlos (AESC). A deliberação ocorreu em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) on-line, realizada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), na noite da última quarta-feira, 8. Desta forma, apenas os atendimentos de urgência e emergência seriam realizados.

Atualmente o HNSN conta com 70 leitos | Foto: Léo Selau

Segundo um profissional, que não quis se identificar, o pagamento teria um atraso de 45 dias para ser realizado. Hoje, os profissionais entregam as suas notas fiscais (NF) e em 15 dias os valores são repassados para eles, porém com a mudança, após a entrega da NF, os recursos levariam 45 dias para serem recebidos. A justificativa no atraso, seria por atraso nos repasses do Estado para a entidade.

A assessoria de comunicação AESC disse em nota que a entidade “realizou ajuste no ciclo de pagamento de contratos de fornecedores em todas as suas unidades, e o pagamento dos serviços prestados está assegurado dentro das novas datas estabelecidas. A medida visa organizar prazos de tramitação de informações entre a AESC e as empresas, e o apropriado faturamento dos serviços prestados”.

Atualmente, o HSL possui 101 leitos | Foto: Ascom AESC

Durante a AGE, a diretora do SIMERS, Gabriela Schuster, relatou aos médicos a reunião feita entre o Sindicato e os representantes da AESC, responsável pela gestão dos HSL e HNSN, buscando informações sobre a definição de que os profissionais passariam a receber apenas 45 dias após a entrega das notas e não mais em 15 dias, como até então estava sendo realizado. “Nós compreendemos todas as questões econômicas, de fluxo de caixa e ciclo de faturamento. Mas não podemos aceitar que os serviços sejam prestados e somente depois os médicos sejam avisados sobre a intenção de um aditamento de contrato, sem acordo e impondo modificações no pagamento. Isto é um desrespeito”, afirmou.

De acordo com Gabriela, além do impasse nos vencimentos, a decisão da AESC em deixar a gestão do HNSN vem gerando insegurança nos profissionais quanto ao futuro da assistência. “Estamos acompanhando de perto o tema, mas a indefinição sobre quem vai assumir a administração do hospital de Torres também tem preocupado os médicos e o SIMERS, pois falta pouco mais de um mês para a população do Litoral Norte quase triplicar devido ao verão e aumentar o número de atendimentos”, ressalta Gabriela.

Foto: Ascom AESC

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