Neste sábado, dia 16 de dezembro, às 14h, os moradores das comunidades do Campo Bonito e São Braz, em Torres, estarão se manifestando no Km 7 da BR 101. O motivo do protesto é a insatisfação com as obras realizadas pela CCR ViaSul nos pontos de retorno na rodovia, que estão impedindo a travessia direta.
As obras, iniciadas no início deste mês, têm como objetivo aprimorar a infraestrutura desses pontos, incluindo adequações para manobras de veículos pesados, novas faixas de aceleração e sinalização atualizada. No entanto, os moradores se sentem prejudicados pela interrupção dos acessos diretos entre as ruas laterais da rodovia.
Elizete Cunha, moradora local, expressou a preocupação da comunidade, alegando que as obras dificultam o acesso a serviços essenciais, como escolas, comércio e propriedades rurais do outro lado da BR 101. Segundo ela, os desvios impostos pelas intervenções aumentam consideravelmente a distância a ser percorrida.
Em resposta, a CCR ViaSul esclareceu que as intervenções afetam dois acessos às ruas laterais, nos kms 7 e 9, tornando necessário o bloqueio desses pontos. A concessionária garante que o fluxo nas ruas laterais não será alterado, mas os acessos serão deslocados para locais aproximados, cerca de 1,5 km dos pontos originais.
Os moradores destacam o contraste com o estado catarinense, onde viadutos elevados permitem a travessia de veículos em pontos similares. No entanto, a concessionária aponta que o contrato de concessão não abrange tais obras e que precisariam verificar com o DNIT se o projeto original da rodovia contemplava essa infraestrutura.
A CCR ViaSul explica que a implantação de viadutos é baseada em uma série de fatores, como a topografia local, o fluxo de tráfego e o impacto nas comunidades vizinhas, e que isso não estava previsto no contrato vigente.
A manifestação programada para sábado visa chamar a atenção das autoridades responsáveis para a importância do acesso direto entre as comunidades através das ruas laterais da BR 101. Os moradores convidam não só as comunidades afetadas, mas todos solidários à causa, para se unirem ao ato em busca de soluções que atendam às necessidades locais.
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