Na safra 2022/2023, os bananicultores catarinenses colheram cerca de 703,3 mil toneladas de banana em uma área de 27,7 mil hectares. Conforme dados do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), o preço médio recebido pelos produtores ficou em R$1,58 por quilo da fruta. Com isso, o Valor Bruto da Produção (VBP) de bananas chegou a R$1,1 bilhão. Esse valor é mais de 30% superior ao registrado na safra anterior. Dados detalhados sobre o volume produzido, a produtividade e os preços pagos aos produtores podem ser consultados no site do Observatório Agro Catarinense.
Na safra 2021/2022, a quantidade e a área colhida foram maiores: cerca de 719,2 mil toneladas em 28,5 mil hectares. O faturamento, no entanto, ficou em R$845 milhões, pois o preço médio pago ao produtor foi de aproximadamente R$1,25. A produtividade nas duas safras mencionadas variou entre 25,2 mil e 25,3 mil quilos por hectare. Portanto, a redução no volume produzido foi motivada, principalmente, pela diminuição da área colhida.
Conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Rogério Goulart Junior, essa redução no volume é um dos fatores que explica o aumento do preço recebido pelos bananicultores. A menor oferta de bananas tende a puxar os preços para cima. “Outro aspecto é que houve um aumento do custo de produção, o que fez o preço da fruta subir”, explica. Esses dois fatores justificam o crescimento no VBP, indicador gerado a partir da quantidade produzida e do preço médio recebido pelos produtores.
A estimativa atual da Epagri/Cepa para a safra 2023/2024, que iniciou em julho, é de que sejam colhidas 654,6 mil toneladas da fruta, uma redução de 6,9% na produção em relação à safra anterior. Isso se deve, especialmente, a uma perspectiva de queda na produtividade, que deve chegar a uma média estadual de 23,6 mil quilos por hectare. Goulart explica que fortes ventos e chuvas, como os registrados nos últimos meses, danificam as plantas nos bananais. Além disso, as condições atmosféricas com umidade e temperaturas elevadas e grande amplitude térmica favorecem problemas fitossanitários que resultam em perda de qualidade da fruta.
Cerca de 57,2% do volume total exportado pelo Brasil é proveniente de Santa Catarina. No ano passado, os bananicultores do Estado destinaram 47,7 mil toneladas ao comércio internacional, com valor negociado de US$ 20,6 milhões.
Fonte: Governo de SC / Marcionize Elis Bavaresco
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