Dom Jaime Pedro Kohl, bispo da Diocese de Osório, trouxe à luz uma reflexão atual a respeito dos avanços tecnológicos e seu impacto na paz mundial. Em sintonia com a mensagem do Papa Francisco no 57º Dia Mundial da Paz, o bispo enfatizou a necessidade de considerar os riscos e potenciais efeitos da Inteligência Artificial (IA) na busca pela harmonia global. Dom Jaime ressaltou que, embora o progresso científico e tecnológico tenha o poder de aprimorar a condição humana, é fundamental considerar a responsabilidade no uso dessas tecnologias e a preservação dos valores humanos fundamentais.
Para o bispo, a IA, com sua capacidade crescente de realizar tarefas complexas, demanda uma compreensão profunda sobre como os valores humanos estão embutidos nessa evolução tecnológica. Ele alertou sobre o risco de uma possível ditadura tecnológica e o surgimento de desigualdades sociais, caso os critérios subjacentes às decisões tomadas pela IA se tornem menos transparentes. Kohl expressou a importância de direcionar esses avanços para promover o desenvolvimento integral humano e fortalecer os laços de fraternidade e amizade na sociedade, visando um mundo mais solidário, justo e pacífico para as gerações futuras.
Você pode acompanhar essas reflexões sintonizando-se no programa “A Voz do Pastor”, na Rádio Maristela, aos domingos, às 8h50min da manhã.
Leia a íntegra do artigo:
Inteligência Artificial e Paz
No 57º Dia Mundial da Paz, o papa Francisco direciona sua mensagem a todos os representantes de governos e instituições globais, convidando à reflexão sobre os riscos e potenciais impactos na paz mundial decorrentes dos avanços tecnológicos, especialmente da Inteligência Artificial (IA). O progresso científico e tecnológico tem o poder de aprimorar a condição humana e moldar o mundo, contudo, seu uso determina o resultado.
O Papa enfatiza que a IA abrange uma ampla gama de atividades e não se pode presumir antecipadamente que seu desenvolvimento contribuirá positivamente para o futuro da humanidade e para a paz entre as nações. O resultado benéfico só será viável se demonstrarmos responsabilidade ao utilizar essas tecnologias e ao respeitar os valores humanos fundamentais, como inclusão, transparência, segurança, equidade, privacidade e confiabilidade.
Ele destaca que máquinas inteligentes estão cada vez mais aptas a desempenhar tarefas com eficiência, porém, o significado por trás de suas ações continuará sendo determinado por seres humanos, que carregam consigo seus próprios conjuntos de valores. Existe o risco de que os critérios subjacentes a certas decisões se tornem menos transparentes, levando a uma possível ditadura tecnológica e a formas de desigualdade social.
Quando utilizada de maneira adequada, a IA pode promover o desenvolvimento integral humano e auxiliar no fortalecimento dos laços de fraternidade e amizade na sociedade.
O Papa conclui sua mensagem expressando sua esperança de que o rápido avanço da IA não intensifique as já existentes desigualdades e injustiças no mundo, mas, ao contrário, contribua para o fim de guerras e conflitos, assim como para o alívio do sofrimento que afeta a família humana. Dessa forma, poderemos legar às gerações futuras um mundo mais solidário, justo e pacífico.
Que no início deste Ano Novo, possamos seguir “caminhando na esperança” e “avançando juntos no caminho” em busca da justiça e paz.
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