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Caminhada em Homenagem ao Frei Adercide ocorreu hoje em São João do Sul/SC

por Melissa Maciel
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O Morro da Querência, em São João do Sul, um local abençoado pela natureza, devotos de Frei Adercide visitam durante todo o ano, com destaque especial para o mês de fevereiro. A tradicional “Caminhada em Homenagem a Frei Adercide”, ocorrida na manhã de hoje (19), dia do aniversário de falecimento do frei e feriado municipal, atraiu milhares de admiradores de diversos municípios da região.

A caminhada teve início às 6h da manhã, partindo da igreja São João Batista, no Centro de São João do Sul/SC, em direção ao Morro da Querência, onde estão localizados um oratório e o túmulo de Frei Adercide. Lá, uma missa foi realizada às 8h, presidida pelo bispo da Diocese de Criciúma, dom Jacinto Inácio Flach, e concelebrada pelo pároco local, Pe. Tiago Mota da Silva.

Pe. Tiago destaca a bela demonstração de fé dos habitantes de São João do Sul e dos municípios vizinhos, além de visitantes e turistas, que durante o evento religioso demonstram uma profunda conexão entre o povo e o seu antigo pároco.

Frei Adercide: trajetória de vida partilhada

A história de Frei Adercide remonta à sua infância na localidade de Costãozinho, em Mampituba, onde nasceu em 30 de setembro de 1955. Após residir em Praia Grande, no Sul catarinense, ele ingressou no Convento São Francisco, na cidade gaúcha de Garibaldi aos 18 anos. Ordenado sacerdote em 2 de fevereiro de 1986, destacou-se por seu lema sacerdotal, “O Filho do Homem veio, não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos.” (Mt 20,28). Dedicou-se profundamente à comunidade paroquial de Ibiraiaras/RS como vigário e, posteriormente, como pároco em São João do Sul.

Sua vida foi marcada por lutas contra a saúde debilitada, falecendo em 19 de fevereiro de 1992, aos 37 anos, devido a uma hepatite crônica e viral. A mesma enfermidade já havia ceifado a vida dos pais e de sua irmã Lúcia. Desde então, a caminhada em sua homenagem se tornou uma tradição. Logo após a sua morte, levava centenas de pessoas a percorrerem os 17 quilômetros até o Cemitério Municipal de Praia Grande, onde inicialmente foi sepultado. Atendendo aos pedidos dos devotos, seu corpo foi transferido para o Morro da Querência, em São João do Sul, onde hoje repousa em um local especial dedicado à visitação, oração e intercessão por graças.

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