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Bispo da Diocese de Osório lança reflexão sobre solidariedade e fraternidade em novo artigo

por Melissa Maciel
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O Bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, divulga novo artigo intitulado “Onde está o teu irmão?”, no qual aborda temas relacionados à solidariedade e à fraternidade em tempos desafiadores. Neste texto, dom Jaime convida os fiéis e toda a comunidade a refletir sobre o papel essencial da solidariedade na construção de uma sociedade mais justa e humana.

Em seu artigo, o bispo destaca a importância de reconhecermos a presença do próximo em nossas vidas e de estender a mão ao necessitado. Ele ressalta que, em um mundo cada vez mais individualista, a solidariedade se torna uma ferramenta fundamental para promover a coesão social e o bem-estar comum.

“Onde está o teu irmão?” questiona o bispo, convidando os leitores a refletirem sobre como podem contribuir para o alívio do sofrimento alheio e para a construção de uma comunidade mais solidária. Dom Jaime ressalta que a solidariedade não deve ser apenas uma ação pontual, mas sim um compromisso contínuo com o bem-estar do próximo.

O artigo de dom Jaime Pedro Kohl oferece não apenas reflexões profundas, mas também um convite à ação, inspirando os leitores a se engajarem em iniciativas solidárias e a construírem uma sociedade mais justa e fraterna para todos.

Você pode acompanhar essas profundas reflexões sintonizando-se no programa “A Voz do Pastor”, na Rádio Maristela, aos domingos, às 8h50min da manhã.

Leia a íntegra:

Onde está o teu irmão?

O texto base para analisar a realidade parte desse texto, chamado síndrome de Caim. As atitudes dele “acaso sou o guarda do meu irmão?” continuam até hoje. Embora saibamos que todos somos irmãos, percebemos muitas atitudes que dizem o contrário. Podemos elencar algumas: diferenças, divergências, oposições, inimizades, fechamentos, desigualdades, indiferença, rejeição, divisões, exclusão, individualismo, crise de pertencimento, destruição, guerras, violência, morte, alterofobia… Tudo isso nos leva a crer que a nossa sociedade padece de uma doença bem específica que podemos denominar ‘alterofobia’, ou seja, medo, rejeição, aversão a tudo aquilo que é outro, tudo o que não sou eu mesmo… A outra pessoa, a outra causa, o outro sonho, o outro esforço, tudo, enfim, que não seja eu mesmo, acaba por se tornar desnecessário, ameaçador, destinado à rejeição e até mesmo à extinção.

A esse diagnóstico das doenças, felizmente, encontramos também muitas virtudes: permanente disposição à solidariedade, sadia e complementar pluralidade, disposição a doar a própria vida, movimentos sociais, associações comunitárias, Pacto Educativo Global, Economia de Francisco e Clara, processos de escuta sinodal, as Comunidades Eclesiais… O próprio texto nos indica o caminho: “Se o diagnóstico, fruto do nosso ver como discípulos de Jesus Cristo, na missão de anunciar o Reino de Deus, é a ‘alterofobia’, o remédio para o tratamento deve ser a amizade social… pois estamos efetivamente diante de uma pandemia sociocultural, que clama por transformação e conversão à luz da fraternidade nascida do Evangelho”.

Para alcançarmos a verdadeira cura, o remédio consiste em reconhecer que somos todos irmãos e irmãs, possuidores da mesma dignidade, o que nos dá uma igualdade fundamental, portadores da mesma natureza, vocação e destino. Reconhecer que nossas diferenças não são um problema, mas uma riqueza. Terrível seria se pensássemos todos da mesma maneira. Nem as diferenças e nem as divergências nos impedem de viver o mandamento de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Fonte: Diocese de Osório

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