Nesta quinta-feira (2), maiores reflexos das fortes chuvas que assolam todo o RS passaram a ser sentidos em muitos dos municípios do Litoral Norte gaúcho.
A maioria dos municípios da região ainda na quarta-feira (1º) decidiram por suspender aulas, a exemplo do governo do RS, que suspendeu as aulas das escolas estaduais.
Além disso, muitas prefeituras não realizaram expedientes, exceto os serviços essenciais, e a orientação para a população é que fique em casa, em segurança, para melhor se abrigar e evitar estar em risco circulando por locais alagados, com riscos de enchentes, deslizamentos, crateras e outros problemas que a força da água dos rios podem ocasionar.
Na cidade de Torres, em alguns pontos como a Estrada do Normélio, possui bloqueio com alagamento e abertura de cratera. Avenida Castelo Branco, o principal acesso da cidade, enfrenta grande acumulo de água, mas ainda é possível a passagem de veículos. A Rua Luís Gonzaga Capaverde na esquina com a Travessa Capaverde, bloqueio da passagem de veículos leves por conta de alagamento. No bairro Igra, alagamentos em ruas e pátios de residências. A informação da Defesa Civil de Torres, no momento, somente uma família precisou deixar sua residência no bairro Guarita.
Comunidades do interior de Torres, como Pirataba, Areia Grande, João XXIII, são algumas que enfrentam dificuldades com enchentes e extravasamento de rios.
Municípios da encosta da Serra, como Mampituba, Três Forquilhas, Maquiné, Morro Azul em Três Cachoeiras, Morrinhos do Sul e Praia Grande, no Sul catarinense, são os mais afetados com as cheias dos rios alagando propriedades inteiras e se aproximando de muitas residências. Morrinhos do Sul, na quinta-feira, estava isolado, sem acesso por Três Cachoeiras, Praia Grande/SC ou São João do Sul/SC.
Na região das praias, o município de Arroio do Sal, a força de um riacho rompeu trecho da rodovia Interpraias, entre os balneários Pérola e Ibiqui e um carro caiu na cratera, durante a madrugada de hoje.
Decreto de Calamidade Pública no RS
Na noite de quarta-feira (1º), o Governo do Rio Grande do Sul emitiu o Decreto 57.596, declarando estado de calamidade pública devido aos eventos climáticos extremos, incluindo chuvas intensas, que assolaram o estado a partir de 24 de abril. O decreto destaca a ocorrência de chuvas torrenciais, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais de grande intensidade, todos classificados como desastres de Nível III, caracterizados por danos e prejuízos significativos.
O documento, assinado pelo governador Eduardo Leite, descreve os impactos dos eventos meteorológicos, que resultaram em perdas humanas, destruição de moradias, estradas e pontes, bem como o comprometimento do funcionamento de instituições públicas locais e regionais, além da interdição de vias públicas.
Com a entrada em vigor do decreto, fica determinado que órgãos e entidades da administração pública estadual prestarão apoio à população nas áreas afetadas, em coordenação com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil. Além disso, o decreto estabelece que municípios afetados podem solicitar apoio semelhante, sujeito à avaliação e homologação pelo Estado.
>> Receba as notícias da Maristela sobre o Litoral Norte gaúcho e o Sul catarinense no seu WhatsApp! Clique aqui e fique bem informado.