O Secretário Nacional de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade no Turismo, Milton Sérgio Silveira Zuanazzi, juntamente com técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), visitou o Aeroporto Regional de Torres, nesta sexta-feira (11), para avaliação técnica, visto que a estrutura torrense é uma das candidatas a se tornar alternativa ao Salgado Filho.
Logo na chegada, Zuanazzi relembrou o inicio das operações em Torres e que buscou viabilizar voos internacionais, com um voo que viria de Córdoba na Argentina, mas no dia em que uma comitiva brasileira se deslocava para o país vizinho, o governo argentino baixou um decreto “daqueles que tranca a poupança e o dinheiro da população” e a operação foi cancelada. “Assim, por pouco, o Aeroporto de Torres não recebeu um voo internacional”.
O Secretário Estadual de Turismo, Luiz Fernando Rodriguez Júnior, disse que é “preciso pensar fora da caixa” para colocar o Aeroporto de Torres em operação de voos comerciais. Júnior salientou que o governo do Estado está fazendo um investimento de R$ 2 milhões, para reforma do telhado e cercamento do local.
Após a cerimônia de abertura dos trabalhos, foi realizada uma vistoria da pista do aeroporto pelos técnicos da ANAC, que devem emitir um relatório até a próxima quinta-feira (20), sendo divulgado na sexta-feira (21), com o resultado da avaliação.
De acordo com o Prefeito de Torres, Carlos Souza, o investimento seria de aproximadamente R$ 8 milhões, para que o aeroporto recebesse as melhorias necessárias e se tornasse de fato uma alternativa ao Salgado Filho. Esse recurso viria do governo do Estado, que é o responsável pela administração do espaço.
Zuanazzi ressaltou que a sua equipe está buscando todas as alternativas ao Salgado Filho, pois o aeroporto de Porto Alegre operava 90 voos diários e hoje o estado está operando apenas 17.
“Mesmo que a gente busque todas as alternativas, não vamos chegar aos 90 que o Salgado Filho operava. O que nós temos que ver é prazos x custos x empresas que queiram operar, esse que é o nosso desafio. Se vamos precisar trazer alguém equipamento, qual o prazo que nós teríamos para esse equipamento e empresas aéreas para operação”, disse o Secretário.
Atualmente a pista de pousos e decolagens tem 1527 metros de extensão e está apta a receber aviões de maior porte como Boeings e Airbus, mas existe uma área, já desapropriada, que poderia estender para 3.000 metros. A vistoria vai verificar as condições técnicas de operação no aeroporto regional de Torres.
Foto: Léo Selau
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