No último sábado (22), um avião Cessna 182N da Arcanjos Paraquedismo teve que realizar um pouso de emergência no Aeroporto Regional de Torres devido a uma possível falha no motor. O incidente ocorreu durante a decolagem, por volta das 8h da manhã, quando a aeronave, que estava a uma altitude de aproximadamente 80 metros, precisou pousar imediatamente. Após tocar no final da pista de 1.500 metros, o avião parou em um terreno alagadiço com vegetação baixa, o que ajudou a amortecer o impacto.
Todos os cinco ocupantes a bordo, incluindo quatro tripulantes e o piloto, saíram ilesos e não necessitaram de atendimento médico. A causa exata do incidente está sendo investigada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Segundo Newton Nogueira, proprietário da Arcanjos, a aeronave é a única da empresa, estava com a manutenção em dia e é frequentemente utilizada para treinamentos e apresentações de paraquedismo, como os já realizados durante o Festival Internacional de Balonismo de Torres. Os tripulantes envolvidos no acidente estavam realizando práticas de salto.
“A nossa equipe seguiu todos os procedimentos de segurança antes do voo e estamos colaborando plenamente com as autoridades para esclarecer os detalhes do incidente. A segurança sempre foi prioridade máxima na Arcanjos, e reafirmamos nosso compromisso com a manutenção criteriosa da aeronave e o constante treinamento de nossa equipe”, afirmou Newton.
Ele explicou que, desde o momento em que o motor falhou e o piloto anunciou o pouso de emergência, passaram-se aproximadamente 10 segundos até o toque na pista, demonstrando a perícia e experiência do piloto da Arcanjos, resultando em um acidente sem ferimentos graves.
Newton também mencionou que a aeronave avariada é a única da Arcanjos e estima-se um custo médio de R$ 400 mil para repará-la e colocá-la novamente em operação, um montante que a empresa não dispõe atualmente.
“Vamos precisar de apoio para recuperar essa aeronave. A Arcanjos tem promovido o turismo de aventura na região por 15 anos, recebendo visitantes de todo o Brasil para saltar de paraquedas em nossa cidade e região. Entendemos a importância desse esporte para a nossa comunidade. Por enquanto, teremos que interromper nossas operações. Se algum empresário puder nos ajudar, esperamos voltar em breve para continuar proporcionando espetáculos de paraquedismo em Torres”, explicou Newton.
O Aeroporto Regional de Torres é administrado pelo governo estadual, que atualmente opera apenas voos privados.
Fotos: Arquivo Arcanjos Paraquedismo
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