Um grupo de 40 pessoas convidadas pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), entre representantes de entidades de classe e autoridades municipais, visitou a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), de Capão da Canoa, na tarde da quarta-feira (31). Eles conheceram todas as etapas que tratam o efluente, com eficiência de 97% de pureza, apresentadas por técnicos da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
A ETE, localizada no bairro Guarani, tem capacidade de tratar 256 litros por segundo, o equivalente a 11,7 piscinas olímpicas por dia, e atende o município de Capão da Canoa e parte de Xangri-Lá. Desde a chegada do esgoto doméstico até se tornar efluente (esgoto tratado), são percorridas seis etapas, que começam pelo gradeamento que separa resíduos sólidos. Depois, vêm as fases de decomposição da matéria orgânica por bactérias anaeróbicas, filtragem, decantação e a desinfecção, que elimina bactérias, vírus e parasitas.
O lodo residual de todo o procedimento ainda passa por uma secagem numa centrífuga (e pode ser reutilizado como solo para lavouras) e é enviado para compostagem.
Após a apresentação, os participantes da visita puderam tirar dúvidas sobre as obras de saneamento da Corsan em andamento na região. “Foi uma visita técnica muito produtiva. O esgoto passa por um rigoroso processo de tratamento e aplicação de produtos para atingir o padrão estabelecido nos licenciamentos ambientais”, explicou o diretor regional de operações da Corsan, Fábio Arruda.
Foi feita também uma demonstração de coleta de esgoto para ser enviado ao tratamento. “Mostramos o esgoto bruto e o tratado, a real condição em que o efluente chega às bacias de infiltração e como vai chegar ao rio, após a conclusão das obras do emissário (tubulação) que estão sendo feitas em Xangri-Lá. É um efluente com 97% de eficiência na remoção de poluentes e que vai devolver uma água límpida para a natureza, de modo a manter o equilíbrio do ecossistema da região”, enfatizou Arruda.
Universalização do saneamento
O sistema de esgotamento sanitário é uma das prioridades do plano de investimentos desenhado para o Litoral Norte do Estado pelo novo controlador da Corsan, o Grupo Aegea. A previsão é de que mais de R$ 550 milhões sejam investidos em programas de modernização de sistemas e equipamentos de tratamento de esgoto, oferta de água, combate ao desabastecimento e redução de perdas de água. Já neste ano, serão aplicados R$ 84 milhões em projetos de melhoria da qualidade de vida de moradores e veranistas.
Todos os projetos da Corsan – tanto para abastecimento de água como para coleta e tratamento de esgoto – estão direcionados à universalização do saneamento básico, previsto pelo Marco Legal do Saneamento, estabelecido por lei federal. Até 2033, 99% da população deverá ter acesso à água potável e 90%, à coleta e ao tratamento de esgoto. Para alcançar esta meta nos 317 municípios que atende no Rio Grande do Sul, a Corsan planeja investir R$ 1,5 bilhão por ano até lá.
Fonte: divulgação/Corsan
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