No artigo da série A Voz do Pastor, publicado nesta sexta-feira (23), o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, destaca a importância vital dos catequistas na Igreja Católica. O artigo, intitulado “A Beleza da Missão do Catequista”, enfatiza o papel essencial desses dedicados servidores na transmissão da fé cristã e no crescimento espiritual da comunidade.

Dom Jaime começa seu texto ressaltando o reconhecimento do Papa Francisco sobre a importância do ministério catequético. Desde os primórdios da Igreja, os catequistas têm desempenhado um papel fundamental em iniciar novos fiéis na vida cristã, uma missão que exige um dom especial e um compromisso profundo com a arte de ensinar e guiar.

O Bispo refere-se ao Diretório para a Catequese, que reforça a relevância do ministério catequético como parte integrante da missão evangelizadora da Igreja. De acordo com o documento, o ministério da catequese não apenas introduz os fiéis na fé, mas também, juntamente com o ministério litúrgico, contribui para gerar os filhos de Deus dentro da Igreja. Essa vocação, portanto, está enraizada na vocação comum de todo o povo de Deus, chamado a colaborar com o plano salvífico de Deus.

Dom Jaime conclui seu artigo com um apelo para que a comunidade reconheça e valorize mais os catequistas. “Eles merecem nosso apoio e gratidão”, escreve o Bispo, “Precisamos estimá-los mais, valorizá-los mais e ajudá-los mais”. Com esse convite à reflexão, dom Jaime busca fortalecer o reconhecimento da importância desses missionários na construção da vida cristã e na formação de novos seguidores de Cristo.

Confira a íntegra:

A beleza da missão do catequista

Outro instrumento importante na sinfonia vocacional é o catequista. O Papa Francisco tem valorizado muito esse serviço na Igreja, deixando claro que, desde os primórdios, esteve presente com o carisma específico de iniciar as pessoas na vida cristã. A arte de ensinar e introduzir no caminho do seguimento de Jesus exige um dom particular.

O Diretório para a Catequese insiste na importância desse ministério: “No conjunto dos ministérios e serviços, com os quais a Igreja cumpre a sua missão evangelizadora, o ‘ministério da catequese’ ocupa um lugar significativo, indispensável para o crescimento da fé. Esse ministério introduz à fé e, juntamente com o ministério litúrgico, gera os filhos de Deus no seio da Igreja. A vocação específica do catequista, portanto, tem sua raiz na vocação comum do povo de Deus, chamado a servir ao desígnio salvífico de Deus em favor da humanidade” (110).

No número seguinte, complementa: “Toda a comunidade cristã é responsável pelo ministério da catequese, mas cada um conforme sua condição particular na Igreja: ministros ordenados, pessoas consagradas, fiéis leigos. O serviço do catequista é vivido dentro de uma comunidade, que é o primeiro sujeito de acompanhamento na fé” (111).

E ainda: “O catequista é um cristão que recebe o chamado particular de Deus que, acolhido na fé, o capacita ao serviço de transmissão da fé e à missão de iniciar à vida cristã… O verdadeiro protagonista, porém, de toda autêntica catequese é o Espírito Santo, que, mediante uma profunda união que o catequista nutre com Jesus Cristo, faz eficazes os esforços humanos na atividade catequética”.

Conclui-se que o catequista é um especialista na arte do acompanhamento, possui competências educacionais, sabe ouvir e entrar na dinâmica do amadurecimento humano, tornando-se companheiro de viagem com paciência e senso de gratuidade, na docilidade à ação do Espírito, em um processo de formação, ajudando os irmãos a amadurecer na vida cristã e a caminhar em direção a Deus.

Os catequistas merecem nosso apoio e gratidão. Precisamos estimá-los mais, valorizá-los mais e ajudá-los mais.

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