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Dom Jaime Pedro Kohl reflete sobre o Advento e a Esperança como caminho de solidariedade

por Melissa Maciel
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Com o início do Advento, o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, convida os fiéis a viverem este tempo litúrgico como uma oportunidade de renovação da esperança e compromisso com a solidariedade. Em seu artigo semanal, intitulado “Levantar e levar a esperança”, o bispo destaca a importância de nos colocarmos a caminho, seguindo o exemplo de Maria, que visitou sua prima Isabel mesmo em meio aos desafios de sua própria jornada.

Inspirado pelo subsídio preparado pelo Regional Sul III, dom Jaime propõe reflexões baseadas no episódio bíblico da Anunciação e na visitação de Maria a Isabel. Ele lembra que o Advento não é apenas uma espera passiva pelo nascimento de Cristo, mas um tempo para ações concretas de apoio e comunhão, especialmente diante de situações de sofrimento, como as enfrentadas por comunidades atingidas por enchentes no Rio Grande do Sul.

Dom Jaime conecta o tema do Advento ao lema do Jubileu de 2025, “Peregrinos da Esperança”, e convida a comunidade a viver esse tempo litúrgico como uma preparação para a vinda de Cristo. Ele encoraja os fiéis a serem portadores de esperança, promovendo gestos de fraternidade e solidariedade que iluminem a vida de quem mais precisa.

Com Maria como inspiração, o bispo conclama os fiéis a não perderem a fé, pois “quem crê não perde a esperança”. Cristo, o Salvador esperado, é a fonte dessa confiança que move os cristãos a transformar o mundo com gestos de amor e proximidade.

Advento: tempo de recomeço e comunhão

A Diocese de Osório reforça o convite para que todos participem dos encontros de Natal promovidos pelas comunidades, ressoando os valores da partilha e da esperança em cada ação e oração. Com fé, solidariedade e o exemplo de Maria, o Advento se torna uma oportunidade de recomeço e de anunciar a grande alegria da vinda de Cristo.

Os subsídios para os encontros em preparação ao Natal estão disponíveis nas secretarias paroquiais.

Confira o artigo na íntegra:

Levantar e levar a esperança

Com o primeiro domingo do Advento, iniciamos nossa preparação para a celebração do nascimento de Jesus, o Filho de Deus. Tudo nos lembra vida, bênção, esperança e recomeço.

Faço uso do subsídio preparado pelo Regional Sul III, já disponível em nossas comunidades para os costumeiros encontros de Natal, como forma de ressoar os conteúdos e criar comunhão. O primeiro encontro reflete sobre o texto da anunciação do anjo a Maria, com o título: “Levantar e levar esperança”.

Neste tempo do Advento, somos convidados a levantar-nos e a colocar-nos a caminho com Maria, que visitou sua prima Isabel. Muitas realidades em nosso estado, fortemente marcadas pelas enchentes, estão na luta pela reconstrução da vida em todas as suas dimensões. O cenário mundial também nos interpela a sermos Peregrinos da Esperança, conforme o tema do Jubileu de 2025.

Com Maria, vivamos este tempo preparando-nos para a vinda de Cristo, nossa maior esperança. Coloquemo-nos a caminho, anunciando esta grande alegria, e permitamos que o Advento continue a suscitar movimentos de solidariedade e fraternidade.

Maria estava grávida de Jesus. Mesmo assim, ao saber da gravidez de Isabel, levantou-se e foi apressadamente à região montanhosa para encontrá-la. Ambas estavam grávidas, mas Isabel precisava mais de ajuda por ser idosa e estar mais próxima de dar à luz. Maria quis ser um apoio à sua prima.

O texto relata que a saudação de Maria provocou uma experiência profunda em Isabel: seu filho saltou de alegria em seu ventre, e ela ficou repleta do Espírito Santo. Tocada, Isabel exclamou com voz forte a grandeza da encarnação do Filho de Deus, o Cristo presente no ventre de Maria. Com essa encarnação, surgiu a esperança da salvação prometida. Maria acreditou, e Deus cumpriu sua promessa. Fé e esperança caminham sempre juntas. Quem crê não perde a esperança.

Podemos aprender algumas atitudes importantes para nossa vida hoje: Maria nos ensina a levantar e ir ao encontro dos outros, a aproximar as pessoas. Essa atitude gera esperança e experiências profundas. O Espírito Santo se faz presente, e começamos a perceber que nem tudo está perdido. Recuperamos a alegria, enxergamos os sinais da salvação e nos enchemos de esperança. Cristo é a nossa maior esperança.

Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osório

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