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Dom Jaime Pedro Kohl reflete sobre a importância da oração como fonte de esperança no Advento

por Melissa Maciel
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Em seu mais recente artigo, o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, aborda o tema “Alimentar a esperança na oração”, o qual norteia o segundo encontro de preparação para o Santo Natal. A reflexão também antecipa a vivência do Ano Jubilar de 2025, cujo lema é “Peregrinos da esperança”, destacando o pedido do Papa Francisco para que os fiéis se preparem para o Jubileu por meio da oração.

O bispo enfatiza que a oração, descrita pelo Papa como “o respiro da fé, sua expressão mais própria”, é essencial para fortalecer a esperança e criar espaço para Deus em nossas vidas. Inspirando-se no exemplo de Jesus, que vivia uma relação íntima e silenciosa com o Pai, Dom Jaime reforça que a oração nos une a Cristo e nos abre para o próximo, como vivenciado por Maria e pelos Santos, conhecidos por suas vidas de profunda espiritualidade.

O artigo de dom Jaime nos inspira a vivenciar este Advento com profundidade espiritual, renovando a esperança em Cristo e nos preparando para o Jubileu com um coração voltado à oração e ao serviço.

Confira a íntegra:

Alimentar a esperança na oração

Este é o tema do segundo encontro de preparação ao Santo Natal: “Alimentar a esperança na oração”. Temos pela frente o Ano Jubilar de 2025, cujo tema é: “Peregrinos de esperança”. O Papa nos pediu que nos preparemos com a oração. Costumamos organizar nossas festas e comemorações com novenas ou tríduos de oração. Não poderia ser diferente para o Jubileu. Na verdade, todas as iniciativas propostas seguem essa linha, com celebrações litúrgicas, nosso modo de fazer memória e de manifestar a Deus nossa gratidão pelo caminho percorrido.

A introdução ao tema expressa-se assim: “A oração é o respiro da fé, sua expressão mais própria. É como um grito silencioso que sai do coração de quem crê e confia em Deus”, afirma o Papa Francisco. Jesus ensina a rezar e dá o exemplo de como devemos nos relacionar com o Pai na intimidade e no silêncio. A oração alimenta a esperança, abre espaço para Deus em nossa vida e nos une a Cristo, nossa maior esperança, abrindo-nos aos irmãos e irmãs. Como Maria e os Santos, pessoas de profunda oração, vamos alimentar a esperança pela oração e, com ela, nos preparar para a vinda do Salvador.”

Rezar é relacionar-se com Deus, com os irmãos e com a criação. Relacionar-se com Deus para amar sempre mais a Ele, e relacionar-se com os irmãos para amar sempre mais o próximo. Jesus, o Filho amado do Pai, costumava rezar e, quando os discípulos pediram que os ensinasse a rezar, orientou que não usassem muitas palavras nem o fizessem para serem vistos, como os hipócritas. Ele atendeu ao pedido ensinando o Pai-Nosso, oração que todo cristão conhece e utiliza tanto em suas orações pessoais quanto nas celebrações comunitárias.

Se prestarmos atenção, perceberemos que, na primeira parte do Pai-Nosso, Jesus ensina como nos relacionar com Deus, e, na segunda parte, como nos relacionar com os irmãos e a criação.

Concluo com esta frase de Santa Teresinha, que tenho sempre diante de mim: “A oração é a força da alma”. Ou seja, o que mantém nossa vida animada, alegre e esperançosa, com disposição para o trabalho ou qualquer missão, é a oração, quando autêntica e verdadeira. Como é a minha oração?

Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osório

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