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O desabafo profético de Simeão e o chamado à vida consagrada são abordados no artigo de dom Jaime Pedro Kohl

por Melissa Maciel
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No dia 2 de fevereiro, domingo, a Igreja Católica celebra a Apresentação do Senhor no templo, uma data que nos remete ao encontro de Jesus com Simeão e Ana, dois anciãos que aguardavam com esperança a salvação prometida. De acordo com o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, em seu artigo semanal, Simeão, ao ver o menino Jesus, entoa um cântico que expressa alívio, alegria e uma profunda certeza: ele viu a salvação de Deus. Esse cântico, conhecido como “Nunc Dimittis”, pode ser compreendido como um “desabafo profético”, pois traduz a emoção de quem finalmente contempla o cumprimento da promessa divina.

O bispo fala também que essa celebração também marca o Dia da Vida Consagrada, momento de reflexão e oração por todos aqueles que dedicam suas vidas ao serviço de Deus e da comunidade. Assim como Simeão e Ana reconheceram em Jesus a luz que ilumina as nações, os consagrados são chamados a ser testemunhas dessa mesma luz no mundo.

Por fim, dom Jaime destaca o exemplo de Simeão e Ana que nos convida a confiar no agir de Deus e a pedir por novas vocações. Que este dia seja também um momento de súplica pela perseverança dos que já trilham esse caminho e de abertura dos corações daqueles que são chamados ao discipulado.

Confira a íntegra do artigo:

Um desabafo profético

Há quarenta dias celebramos com alegria o Natal do Senhor. Hoje, lembramos o dia em que Jesus
foi apresentado no templo por Maria e José. Impulsionados pelo Espírito, o velho Simeão e a profetisa Ana reconheceram no menino o seu Senhor e o anunciaram com júbilo. É uma experiência que também podemos vivenciar hoje, participando da nossa celebração dominical, onde o reconhecemos na fração do pão e nas orações em comunidade.
Gosto de chamar o cântico de Simeão de: “Um desabafo profético”. Porque ele parece sentir-se aliviado, podendo finalmente dizer aquilo que estava entalado na garganta há muito tempo:
“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar o teu servo partir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
Esse cântico, que nós sacerdotes e religiosos rezamos ao concluir o dia, é uma forma de entregar tudo o que vivemos naquele dia nas mãos do Senhor. Ele expressa nossa sintonia e gratidão, como uma oferenda agradável, carregada de conteúdo, com uma boa dose de alegria e, muitas vezes, também de sofrimento. É algo próprio de quem dedicou seu tempo a servir a Deus e aos irmãos, com a única preocupação de fazer a vontade de Deus, para o seu louvor e glória.
Ambos reconheceram no menino “a luz que se revela às nações”, e Ana falava “a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém”. Podemos interpretar essa libertação como nossa verdadeira e definitiva libertação: a libertação de tudo o que torna a vida um fardo pesado, de tudo o que prende o homem a si mesmo e às coisas que o impedem de amar como Deus ama.
Agora, depois de tudo o que Jesus fez por nós, ancorados na força do Espírito Santo derramado em nossos corações, nós também podemos crescer, tornar-nos fortes e cheios de sabedoria, porque a graça de Deus está conosco.
Neste dia, em que a Igreja celebra a Vida Consagrada – de todos aqueles que entregam tudo ao Senhor para sempre –, apresentemos a Deus a necessidade de novos operários. Supliquemos pela perseverança daqueles que já estão no Caminho e peçamos generosidade aos que são convidados a entrar no Discipulado.

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